Renan vai intermediar negociações em torno da PEC 333
Um almoço entre o senador Renan Calheiros (PMDB-AL) e o empresário Bob Lyra, marcado para dentro de 10 dias, vai decidir se o presidente do Senado e do Congresso Nacional é ou não candidato ao governo.
No primeiro encontro, ocorrido na semana passada, o empresário Bob Lyra perguntou quanto seria necessário em dinheiro para Renan ser candidato, mas o senador pediu tempo para pensar.
Na avaliação do ex-deputado federal José Costa, o mais próximo entre os confidentes do senador, ele (Renan) age com maturidade política quando aguarda o momento certo de se definir.
Ao avaliar o quadro político, José Costa observa que o senador Renan Calheiros tem hoje compromissos nacionais que o impedem de decidir agora o que todos exigem – a sua candidatura à sucessão do governador Ronaldo Lessa (PDT).
“Uma candidatura ao governo do Estado tem várias implicações; tem a questão das finanças públicas e a viabilidade administrativa do Estado; tem a questão da candidatura própria do PMDB à Presidência da República; tem a questão da verticalização, tudo isso influencia a decisão de se candidatar ou não”, lembrou José Costa.
Essas três questões são analisadas exaustivamente pelo senador Renan Calheiros, que considera complicado governar o Estado sem a garantia de novo acordo para pagamento da dívida estadual.
As outras duas questões são a que mais tem exigido do senador, que é contra o lançamento de candidatura própria pelo PMDB à sucessão do presidente Lula e considera a verticalização impraticável com a existência de trinta partidos.
Renan é favorável ao lançamento de candidatura presidencial pelo PMDB só em 2010 e, sobre a verticalização, deve ser adotada, mas só depois da reforma política, quando o número de partidos deverá ser reduzido para menos da metade das atuais siglas.
Apesar dessas ponderações, o encontro entre o senador e o empresário Bob Lyra, principal porta-voz do Grupo Carlos Lyra e aliado do governador Ronaldo Lessa, está sendo aguardado com expectativa.
