Libertadores-2006 pode dar ao Brasil maior participação na fase de grupos

A maior participação em 43 anos ou o retorno aos níveis pré-2004, quando o prestígio do país no futebol aliado ao trabalho de bastidores lhe renderam uma quinta vaga na Libertadores.

São esses os dois possíveis cenários para o Brasil após a etapa de classificação para a fase de grupos do principal torneio interclubes da América do Sul. A competição começa hoje, com Nacional x Universitario e Colo Colo x Guadalajara. A fase de grupos, em 7 de fevereiro.

Duas equipes brasileiras jogam na atual fase. O Palmeiras, campeão em 99, estréia quarta-feira, contra os venezuelanos do Deportivo Táchira, no Parque Antarctica. Já o Goiás, que participará pela primeira vez da Libertadores, viaja para o Equador onde pegará, na quinta, o Deportivo Cuenca.

Ao todo, são 12 times disputando seis vagas em jogos de ida e volta. E é aí que o Brasil encara a situação radical de céu ou inferno.

Se Palmeiras e Goiás passarem à fase de grupos, o país terá emplacado seis times entre os 32 que seguirão na disputa, ocupando 19% das vagas no torneio e reforçando sua força no continente –Corinthians (campeão brasileiro), Internacional (vice), Paulista (vencedor da Copa do Brasil) e São Paulo (atual campeão da Libertadores) já estão classificados.

Mais do que isso, em termos proporcionais, só em 1963, quando Santos e Botafogo eram os dois brasileiros entre os nove participantes. Uma ocupação de 22,2%.

Para efeito de comparação, já que o regulamento do torneio passou por várias metamorfoses ao longo de seus 46 anos, é considerada apenas a fase de grupos.

Por outro lado, se os dois times fracassarem, o Brasil contará com apenas quatro representantes, ou 12,5% , mesmo índice registrado entre 2000 e 2003, antes de o país ganhar uma quinta vaga de presente da Conmebol. Na ocasião, a Confederação Sul-Americana aumentou o número de clubes de 32 para 36 e também agraciou Argentina, Venezuela e México.

No ano passado, a entidade voltou atrás, redefiniu a fase de grupos com 32 clubes e empurrou as sobras para a etapa preliminar. São os casos de Goiás e Palmeiras, respectivamente terceiro e quarto no Nacional. Em 2006, por contar com o atual campeão da Libertadores, o Brasil excepcionalmente emplacou um sexto participante.

Mas há mais em jogo. Como os US$ 4,9 milhões, cerca de R$ 11,2 milhões, nos bolsos do campeão. Como a passagem para o Mundial de Clubes. Como a rivalidade dos três grandes paulistas, que pela primeira vez participam juntos de uma Libertadores. Como a chance de aparecer às vésperas da convocação para a Copa do Mundo.

"A Libertadores da América foi o campeonato que me fez chegar à seleção brasileira. Foi a primeira competição que eu joguei como titular pelo Palmeiras. Dá uma projeção enorme para qualquer um", disse o goleiro Marcos.

O retrospecto aponta um bom início para o país. O Palmeiras enfrentou times venezuelanos dez vezes na Libertadores. Ganhou as dez. Mais: faz 42 anos que um brasileiro não cai na fase preliminar. Em 1964, o Bahia foi eliminado pelo Deportivo Itália (VEN).

Fonte: Folha Online

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