Cúpula do PT defende mobilização para reeleição de Lula

A cúpula do PT, em sua primeira reunião do ano, defendeu a mobilização dos militantes em torno da campanha de reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que sofreu um "gigantesco cerco político" no ano passado, e antecipa o discurso a ser encampado nas eleições: "mobilizar pela reeleição de Lula é lutar contra o retrocesso em relação à privatização e a desregulamentação típicas da aliança tucano-pefelista".

"O cerco político promovido pela oposição partidária e midiática provocou desgaste, mas foi limitado exatamente pela força da esquerda democrática e pela resistência de nossa base social", afirma a cúpula, em comunicado oficial publicado no site do PT.

A cúpula não se manifesta sobre a política de alianças que deve ser seguida pelo partido na campanha eleitoral do presidente, que ainda não admitiu oficialmente a intenção de se candidatar à reeleição. Há uma divisão no partido, entre segmentos que defendem alianças restritas aos "parceiros históricos", como o PC do B e PSB, e outros que pedem alianças de escopo mais amplo.

Já na campanha do ano passado para a eleição do presidente nacional do partido, os candidatos mais "à esquerda" diagnosticavam como parte da crise do PT sua política de alianças para a formação da base aliada.

O noticiário de bastidores dá conta de que o presidente Luiz Inácio Lula estaria estaria articulando com o PMDB para compor a chapa majoritária, oferecendo a vaga de vice-presidente. Hoje, em São Paulo, os grupos que defendem uma candidatura própria à presidência da República sinalizaram que não há possibilidade do partido compor com o PT nas eleições de 2006.

Aceleração do crescimento

O comunicado oficial da cúpula petista também sinaliza a intenção do partido em mudar a política da gestão Lula em um hipotético segundo mandato. No comunicado, os petistas afirmam que o governo Lula tem condições de "apresentar um programa de governo, que, a partir da nova situação do país, permita a aceleração do crescimento e o aprofundamento das políticas de distribuição de renda, oportunidades e cidadania, fortalecendo a democracia política e a soberania nacional".

Ainda sobre as eleições deste ano, a cúpula petista confirma o diagnóstico que a campanha de 2006 será acirrada. "A oposição, capitaneada pela aliança tucano-pefelista que governou o Brasil por oito anos, desempregando, privatizando e desestruturando o Estado Nacional e submetendo o país aos interesses do capital financeiro internacional, precisa desesperadamente desconstruir a imagem de nosso governo e, por isso, acirrará seus ataques no próximo período".

Fonte: Folha Online

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