Museu do trem em Recife conta história de Alagoas

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Museu de Recife conta história da ferrovia de Alagoas

Dos versos do poeta pernambucano Ascenso Ferreira, intitulado “Trem das Alagoas”, imortalizado na voz e no primeiro show do artista Alceu Valença – “Vou danado prá Catende” – até relíquias como o relógio inglês e o telefone portátil à manivela, muitas peças raras contam a história da ferrovia em Alagoas no Museu do Trem em Recife.

O museu, que funciona na antiga Estação Central do Recife e hoje terminal metroviário, recebe por dia cerca de 50 visitantes. Além das peças como relógios, telégrafos, telefones, sinaleiras, engates e indumentárias usadas pelos ferroviários, o visitante ainda pode conhecer o primeiro modelo da locomotiva maria-fumaça, usada quando a ferrovia ainda pertencia ao ingleses.

A maria-fumaça, com mais de 100 anos de fabricação, pertenceu à antiga Great Western. Também podem ser vistas a locomotiva tipo 600, com dois reservatórios de água, vagões primitivos com truques de apenas duas rodas, o guindaste, o trole e a locomotiva a diesel, tipo 700, que marcou a “modernização” do sistema ferroviário nordestino no começo da década de 1960.

Aberto ao público das 8 às 22 horas durante a semana e em horário especial nos sábados e domingos, a partir das 13 horas até às 20 horas, o museu serve para os mais velhos matarem a saudade e, para os mais novos, é a chance de tomarem contato com a história do transporte ferroviário no Nordeste, conhecendo as peças diretamente.

Os saudosistas, como o ferroviário aposentado João Cândido, fazem ponto diariamente na antiga estação. Cândido lembra o tempo em que o local vivia agitado de passageiros.

-“Daqui partia trem para Maceió, João Pessoa, Natal, Salgueiro, Serra Talhada, Garanhuns; era trem de passageiro e trem de carga, o movimento era intenso, tinha emprego para todo mundo. Sinto saudade daquele tempo”, recorda João Cândido.

O ex-ferroviário acabou virando atração para os que visitam o museu; além do testemunho de uma época de “boom” no sistema ferroviário nordestino, Cândido ainda conta “causos” que vivenciou nos seus mais de 30 anos como ferroviário.

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