Com discurso da continuidade, Mantega assume hoje a Fazenda

Guido Mantega assume o Ministério da Fazenda às 15h de hoje. Ele ocupará o cargo de Antonio Palocci, que pediu demissão ontem após o agravamento da crise deflagrada pela quebra do sigilo bancário do caseiro Francenildo Costa.

Antes de ser nomeado ministro da Fazenda, Mantega estava na presidência do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), cargo que assumiu depois de deixar o Ministério do Planejamento. O lugar de Mantega no BNDES será ocupado pelo vice, Demian Fiocca.

Ontem, logo depois de ser confirmado ministro da Fazenda, Mantega prometeu dar continuidade à política econômica de Palocci.

"A política econômica não mudará. A política econômica que nós estamos praticando não é a política econômica do ministro Palocci, da ministra Dilma [Roussef, da Casa Civil], do ministro Paulo Bernardo [Planejamento] ou de qualquer outro ministro. Essa é a política econômica do presidente Lula, ele é o fiador dessa política econômica", disse Mantega ontem à noite.

Como razão para não mudar a política econômica, Mantega afirmou que ela é a "mais bem-sucedida dos últimos 20 anos". "Essa política econômica está nos levando às portas de um ciclo de desenvolvimento. Há muito tempo o Brasil não conseguia reunir condições tão favoráveis para o crescimento econômico, e isso se deve a essa política econômica que vem sendo praticada ao longo desses três primeiros anos de governo."

Ontem, Mantega arriscou uma previsão para o crescimento econômico do país em 2006. "Este ano teremos um ano muito proveitoso para todo mundo, um crescimento de 4, 4,5% do PIB, que será o primeiro de uma série de vários anos de crescimento, porque o Brasil conseguiu atingir uma estabilidade, uma solidez que não conseguia há muito tempo."

Hoje, ao comentar a TJLP, Mantega defendeu que o Brasil pratique taxas de juros "civilizadas". "O Brasil tem de ter taxas de juros civilizadas, que permitam estimular a produção e o consumo. A inflação estando sob controle não ha nada que impeça a queda das taxas de juros", disse o novo ministro da Fazenda em entrevista ao programa "Bom Dia Brasil".

Fonte: Folha Online

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