Ministério da Saúde anuncia investimento no combate de doenças ligadas à pobreza

Rio – O combate às chamadas doenças negligenciadas, entre elas malária, doença de Chagas, dengue, leishmaniose, tuberculose e hanseníase, vão receber R$ 20 milhões nos próximos dois anos. Os recursos do Ministério da Saúde serão aplicados em pesquisas científicas para o desenvolvimento de remédios e vacinas. O anúncio do investimento foi feito hoje, no Rio de Janeiro, pelo ministro da Saúde, Agenor Álvares.

As doenças negligenciadas são aquelas que atingem a população pobre e persistem por falta de investimentos e acesso a medicamentos. Para Álvares, os estudos são fundamentais para beneficiar populações de países pobres, que são as mais atingidas por esse tipo de patologia. Segundo dados do ministério, estas patologias afligem 90% da população mundial e consomem apenas 10% dos recursos de pesquisa em saúde.

Essas patologias, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), matam mais de 35 mil pessoas por dia no mundo, mas deixaram de ser alvo de estudos mais profundos nos países desenvolvidos, porque já foram erradicadas nessas nações.

"Na maioria das vezes as doenças acometem populações excluídas, que por si só estão sendo negligenciadas", disse Agenor Álvares, durante uma visita às novas instalações do Instituto de Tecnologia de Fármacos (Farmanguinhos), em Jacarepaguá, zona oeste do Rio. O ministro destacou a importância do principal laboratório público do país, que também vai receber recursos para as pesquisas dessas doenças. "Farmanguinhos é muito importante nisso", disse.

O governo federal adquiriu a área onde foi instalado o instituto em 2004 de uma empresa multinacional. O ministério investiu R$ 18 milhões para a aquisição da planta e outros R$ 18 milhões em remédios e vacinas. A nova estrutura oferece uma tecnologia mais avançada e vai permitir triplicar a produção atual. Em 2005, foram produzidos 2,4 bilhões de unidades farmacêuticas, entre cápsulas, comprimidos e pomadas.

Agenor Álvares participou ontem, também no Rio de Janeiro, da abertura de uma oficina promovida pelo Ministério da Saúde, que reuniu 40 pesquisadores brasileiros para discutir prioridades de pesquisa para as doenças negligenciadas.

Fonte: Agência Brasil

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