O coordenador de Planejamento da Prefeitura de Rio Largo, Ricardo Schavuzzi, saiu nesta tarde do Presídio Cyridião Durval, onde estava preso desde a última sexta-feira.
A prisão temporária de Schavuzzi foi decretada a pedido do procurador-geral de Justiça, Coaracy Fonseca, após Schavuzzi ter ameaçado a promotora Estela Cavalcante, um dia antes.
“O Ministério Público de Alagoas não admite qualquer gesto de intimidação à instituição ou a qualquer que seja a autoridade no desempenho de suas atividades”, argumentou Coaracy.
Na época, o procurador designou nove promotores de Justiça para garantir o trabalho da promotora titular.
A prisão também seria para averiguação das acusações por formação de quadrilha, incêndio culposo, supressão de documentos e abuso de autoridade. E como é temporária, vale apenas por cinco dias.
Crimes
Ricardo Schavuzzi é acusado de participação no assassinato de um mendigo, ocorrida em maio de 2002. O inquérito foi feito pelo delegado Marcílio Barenco, que indiciou Schavuzzi por homicídio qualificado, considerando ele o autor intelectual do crime, que também teve a participação de Jorge Pagão e Valmir Araújo Silva, o Dema, na autoria material do assassinato, que foi feito a tijoladas.
Para o advogado de Schavuzzi, Adriano Soares, os autos da denúncia feita pelo Ministério Público consta que Ricardo teria cometido o crime por causa de barulho feito pelo mendigo; a vítima estava num galpão e durante a execução do crime Schavuzzi teria acompanhado a cena pela sua casa; e que depois do crime o corpo do mendigo foi levado no carro de Ricardo, uma Ranger prata.
Mas, a defesa diz que da casa de Schavuzzi é impossível ver o que ocorre dentro do galpão, em 2002 ele não tinha uma Ranger prata e que a família Pagão não era aliada política nem tinha ligação pessoal com Vânia Paiva e o marido, naquela época.
Ricardo Schavuzzi também foi preso na Operação Mata do Rolo, acusado de participar do incêndio ocorrido na Secretaria Municipal de Finanças de Rio Largo.