Almeida vê complô político nos protestos recentes

Luis Vilar/ArquivoPrefeito recebeu alta médica e já está em sua residência

Prefeito recebeu alta médica e já está em sua residência

O prefeito de Maceió, Cícero Almeida (PTB) declarou – agora há pouco, em entrevista coletiva – que os recentes protestos que aconteceram na porta da Prefeitura de Maceió têm conotação política e estão sendo orquestrados “por um complô que visa desestabilizar a candidatura de João Lyra (correligionário de Almeida) ao governo do Estado”.

Indagado se o complô partiria de dentro do próprio Governo do Estado, Almeida disse não acreditar. “Eu sempre tive um bom relacionamento com o Ronaldo Lessa (ex-governador), que chegou a me elogiar por diversas vezes e tenho um diálogo respeitoso com o Luis Abílio (PDT). Não creio que parta daí. Mas, em todo canto há puxa-saco que tenta, de uma forma ou de outra, agir em prol do governador, sem o conhecimento dele, até. Estas pessoas têm que saber que o reinado acaba no fim do ano”.

O prefeito acusou, ainda, o ex-secretário de estadual de Esportes, Alberto Sextafeira de – em conjunto com o vereador Marcos Alves – de arquitetarem protestos em escolas municipaiss. “Tive conhecimento ontem de que ele e o vereador estão organizando ônibus para trazer pessoas para a porta da Prefeitura Municipal. Ainda bem que vamos mudar de lugar e sair dali”, colocou Almeida. Cícero Almeida reclamou ainda do “desrespeito sofrido”.

“O vereador Judson Cabral do PT está faltando demais o respeito comigo. É coisa. Mas eu não sou político profissional. Estou aqui por vontade do povo. Diferente de muitos aí, que não sobrevivem sem política. Eu sobrevivo. Sempre tratei este pessoal com respeito e atendi a solicitações do próprio Judson, inclusive executando obras aprovadas a partir de emendas dele. No caso do Sextafeira, éramos amigos. Para você ver o que a política profissional faz”, disse Almeida.

O prefeito voltou a afirmar que quem manda na Prefeitura é ele e não o deputado federal João Lyra (PTB), como – segundo ele – querem passar os adversários políticos. “É estranho que toda manifestação tenha a presença do PT. Enfim, mas outro fato é que quem manda na administração municipal sou eu. O João Lyra nunca interferiu com indicações. Somos parceiros, apenas”.

Indagado se estava preparado para lidar com supostos ataques direcionados pelo grupo político rival, Almeida disse que sim. "Eu sou qualificado para isto. Minha administração possui uma grande aprovação popular porque temos um projeto, coisa que não foi feita na administração passada. Agora, as críticas devem direcionadas ao político Cícero Almeida e não ao homem. Eu sou descente e caso saia da prefeitura no final do mandato, saio de cabeça erguida”.

Assassinato do camelô

Quanto ao assassinato do coordenador do Movimento Pró-camelô (MPC) José Sandro Gomes, o prefeito de Maceió disse que “querem dar uma conotação política ao caso. É se aproveitar de um momento triste para fazer trampolim político. Não creio que os meus adversários sejam tão irresponsáveis a este ponto. O que pode ser dito sobre o caso deve ser feito pela Polícia Civil, que é competente para as investigações”.

Almeida elogiou a forma como Sandro Gomes estava tratando a questão dos camelôs com a Prefeitura. “Foi um rapaz que tomou a frente para resolver o problema por meio do dialogo e de forma respeitosa, que é como a prefeitura está tratando os camelôs. Em um primeiro momento apareceu no nome do Laércio Silva que já se defendeu. O que eu percebo enquanto repórter policial é que quem matou foi um bandido profissional. Rondou a área, cercou e fez a ação criminosa”.

“É claro que tem alguém por trás disto. Não dá para saber se foi pessoal ou se envolve algum movimento, pois não sei da vida íntima do Sandro, que conheci recentemente por conta das negociações. Agora que é um crime estranho, isto é. Cabe a Polícia Civil resolver”, finalizou.

Neste momento, a equipe de reportagem do Alagoas 24 Horas está tentando entrar em contato com os citados por Almeida.

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