Feirantes se organizam para dia de trabalho
“Nós somos dos mais diversos pontos de Alagoas e estamos aqui para comercializar produtos produzidos nos acampamentos. São pessoas do Sertão, Zona da Mata e Litoral. Esperamos em média 200 feirantes”. A declaração é do membro da Comissão Pastoral da Terra (CPT), José Feliciano, o Saúba, e define o que é a IV Feira Camponesa que acontece na Praça da Faculdade, em Maceió, e reúne diversos segmentos do movimento sem-terra.
José Feliciano é do acampamento Lucena, localizado em Matriz do Camaragibe, mas há feirantes de Branquinha, Murici entre outras cidades do interior de Alagoas. Entre os produtos comercializados estão legumes, verduras e hortaliças, além de animais como bodes, cabritos e galinha. “Esperamos que apesar da chuva as pessoas compareçam, pois os produtos são frescos. Vários carros estão indo e voltando para o interior enquanto estamos aqui. E os preços são mais em conta. Vale a pena. É uma boa oportunidade para fazer a feira”, coloca Feliciano.
A Feira Camponesa vai ficar instalada na Praça da Faculdade até a próxima sexta-feira, dia 09. “Este anos tivemos alguns problemas, como por exemplo, muita mercadoria que deveria estar aqui não chegou por conta das chuvas, mas vamos seguir em frente, porque como das outras edições, esta feira será sucesso”, finaliza Feliciano.
Neste momento, os feirantes estão montando suas barracas e se preparando para o segundo dia de trabalho. Além da feira em sim, que conta com o patrocínio da Secretaria Estadual de Agricultura, oferece ao público – durante todas as noites do evento – um circuito cultural com artistas da terra. Os espetáculos acontecem sempre às 19 e 21 horas. Na noite de hoje, a diversão fica por conta de Chao do Pife e grupo Caçuá.
Durante o circuito cultural da Feira Camponesa se apresentarão Gato Zarolho, Poeira Nordestina, Xote.com e Elizer Setton, que encerra a quarta edição do evento na sexta-feira a noite. Conforme a Secretaria de Agricultura divulgou em release oficial a Feira Camponesa “tem o objetivo de estimular uma produção mais comprometida com a qualidade de vida e proteção ao meio ambiente. Ecologicamente correto e economicamente viável”.
