Acidente com fogo provoca tragédia em família de Maceió

Alagoas24horasIncêndio foi causado pelo irmão da menina, quando tinha apenas dois anos

Incêndio foi causado pelo irmão da menina, quando tinha apenas dois anos

Uma travessura infantil deixou marcas que jamais serão apagadas. Com pouco mais de dois anos de idade, W.S.C, brincava com fósforos em casa, no bairro do Jacintinho, quando ateou fogo no colchão do berço da irmã, T.S.G. de apenas seis meses. O incêndio deixou o bebê com queimaduras de até 3º grau, em 40% do corpo.

Segundo a mãe das crianças, a dona de casa Redjane da Silva Calado, há dois anos, no momento do acidente, ela estava lavando roupa, próximo à casa, enquanto o bebê dormia. “Aproveitei o tempo em que minha filha estava dormindo para executar os afazeres da casa, quando em pouco tempo, uma vizinha veio me avisar que meu filho tinha posto fogo na casa. Fiquei desesperada”, relembra.

Uma criança ativa e travessa; Tatá, como é chamada carinhosamente por sua família, passou dez meses internada em estado grave na Unidade de Emergência Armando Lages, no bairro do Trapiche.

Hoje, com dois anos e seis meses, ela brinca com os coleginhas na rua em que mora e demonstra muita alegria em viver, apesar das lesões explicitamente visíveis pelo corpo. “Os médicos diziam que ela não iria resistir por muito tempo, mas graças a Deus, minha filha sobreviveu e está muito bem. Embora seja uma criança como outra qualquer, com o acidente, as marcas nunca sairão de seu corpo. O meu maior desejo é conseguir um transplante ou plástica para ela, mas nos sustentamos com um salário mínimo e não temos condições financeiras de pagar a cirurgia, que custa aproximadamente dois mil reais”, conta.

Quem quiser entrar em contato com a família, o único meio é pelo endereço, já que eles não possuem telefone. A família mora na rua Boa Vista, sem número, no bairro do Jacintinho, por trás do Depósito de Material de Construção do Felisdório.

Queimaduras

Diariamente, o setor de queimados da Unidade de Emergência (UE) registra alguns casos como esse. A média de internamentos varia entre 20 a 25 casos mensais. Nos períodos de festas juninas, com o aumento do uso de fogos de artifícios e a tradição das fogueiras, esse número mensal não chega a duplicar, mas especialistas recomendam um cuidado maior neste período, com o manuseio do fogos de artifícios como forma de diversão.

Em 2005, na UE, especificamente no mês de maio, devido às comemorações juninas, ocorreram 24 internamentos e uma morte por queimaduras. Já no mês de junho, onde o número de fogueiras e uso de fogos de artifícios aumenta, 25 pessoas foram atendidas. Este ano, em maio, uma pessoa morreu e 25 pessoas foram internadas.

A Sociedade Brasileira de Queimaduras (SBQ), recomendam aos usuários de fogos de artifícios mais cuidados ao utilizar equipamentos inflamáveis. Cinco pontos importantes são apontados pela SBQ, para uma melhor prevenção contra queimaduras.

• Não utilizar álcool engarrafado diretamente sobre o fogo, na forma de jato, pelo risco de explosão;

• Cuidado com crianças na cozinha;

• Após a queimadura não utilizar produtos como: creme dental, clara de ovo, margarina etc, o ideal é lavar com água corrente;

• Cuidados com fios elétricos;

• Utilizar fogos de artifícios credenciados com o Corpo de Bombeiros, lê a orientação dos fabricantes e evite manuseio por crianças.

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