E VIVA O DIÁLOGO!

Nos confrontos que opõem o poder público aos movimentos sociais, não faltam as vozes daqueles que sempre aconselham os governantes à quebra-de-braço, ao aparentemente cômodo uso da força institucional para resolver impasses que são perfeitamente resolvíveis, desde que haja espírito de diálogo e boa vontade para fazer concessões mútuas.

Um exemplo claro disso estamos presenciando agora no decurso da greve que os professores municipais de Maceió estão promovendo para reivindicar reajustes salariais e progressão funcional, além de outras demandas de menor relevância. Uma greve que já poderia ter sido encerrada através da negociação legítima e de boa fé.

Não faltam boas razões, tanto do lado da Prefeitura de Maceió, quanto do Sindicato dos Professores, para sustentar suas posições. Porém, em algum momento, depois de diversas rodadas de conversas, ponderações, propostas e similares, há que se chegar a um consenso, senão ideal, mas pelo menos satisfatório, para encerrar a paralisação.

Tenho certeza que esse momento já chegou, uma vez que a Secretaria Municipal de Educação e o Sindicato dos Professores conseguiram pôr-se de acordo sobre as questões fundamentais em disputa e sobre uma forma intermediária de encaminhar o que ainda resta de dissenso.

Tendo em vista esse progresso a que chegaram as negociações soa, portanto, estranha, a idéia, veiculada a partir dos setores que cuidam das finanças e do planejamento municipais, de cortar o ponto e até de ameaçar com demissões aos professores grevistas.

Digo que a idéia é estranha porque não há razões sólidas para tamanho ato de intolerância, tendo em vista que greve é um instrumento legítimo de manifestação trabalhista e levando em consideração que um pouco mais de compreensão e disposição transparente de diálogo, podem conduzir a um desfecho aceitável para todos.

Creio ter sido bastante firme e feliz o Secretário Municipal de Educação, Barnabel Bezerra, quando deixou claro, sem qualquer vacilação, que não irá tratar os professores grevistas com retaliações desnecessárias e, portanto, não vai cortar ponto nem demitir ninguém. Barnabel sempre foi um homem de diálogo e nisso tem o total apoio do seu partido, o PPS.

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