Agricultores beneficiados com Funcred começam a colher maracujá

As famílias dos assentados-sócios da Cooperativa dos Pequenos Agricultores Organizados, beneficiados com recursos do Fundo de Microcrédito do governo do Estado (Funcred) para o fortalecimento da agricultura familiar, já começaram a colher os frutos dos primeiros plantios.

A produção de maracujá está acima das expectativas e mesmo com a garantia da comercialização a Coopeagro já sente a necessidade de promover o beneficiamento da fruta por meio de uma maquina para cortar maracujá, evitando o desperdício.

Na época da assinatura do convênio com o Funcred, início de março, a Coopeagro contava com 89 famílias associadas, residentes em nove dos 14 assentamentos existentes em Maragogi. Após o convênio, a procura aumentou e hoje a cooperativa soma 109 associados. Na última assembléia da entidade, realizada no dia 12 de junho, foi aprovada a inclusão de 19 novos sócios, de acordo com as informações do coordenador técnico do Fundo, Wilson Lopes.

Segundo ele, vários fatores contribuem para esse aumento do número de associados, entre eles, a dificuldade que os agricultores enfrentam na hora de comercializar os produtos. Desde questões como transporte e armazenamento até o relacionamento com os atravessadores.

Os cooperativados dispõem da estrutura oferecida pela Coopeagro, como o transporte do produto em caminhão refrigerado, câmaras frigoríficas, espaço para a comercialização dos produtos, garantia do microcrédito e, principalmente, a credibilidade que a cooperativa possui em hotéis e pousadas, potenciais compradores dos produtos agrícolas oriundos dos assentamentos. “Além disso, o fato de a cooperativa estar constituída é outra segurança para a emissão de nota fiscal”, revela o coordenador.

Convênio

Segundo a secretária gestora do Funcred, Genilda Leão, o Funcred repassará R$ 150.000,00, de forma parcelada, para a Coopeagro, que é responsável pela execução do convênio. ”Nossa intenção é fortalecer a produção agrícola de subsistência, de hortifrutigranjeiros, floricultura, criação de animais de pequeno, médio e grande portes, bem como a produção de compostos orgânicos”, explicou Genilda.

Para a coordenadora do projeto, irmã Miriam Zendron, o microcrédito concedido pelo Funcred favorecerá ações libertadoras e o aumento do grupo de agricultores que acreditam no cooperativismo, mas que ainda são fragilizados por falta de crédito agrícola.

A cooperativa administra os recursos na forma de fundo rotativo solidário. Os agricultores recebem empréstimos, não em dinheiro, mas em sementes, insumos e pequenos animais para gerar renda na roça. Depois de um ano, começam a pagar devolvendo sementes, insumos e animais, para que a cooperativa possa seguir emprestando a outras famílias.

Contrapartida

A contrapartida da Coopeagro é de R$ 15 mil, correspondente ao uso da infra-estrutura da instituição, despesas administrativas e contábeis; trabalho voluntário de coordenação e acompanhamento de todo processo do microcrédito.

A finalidade é aumentar a produtividade das culturas existentes, a exemplo de coco, laranja, caju, graviola, acerola, banana, maracujá, mamão, abacaxi, entre outras. O tempo de execução do projeto está previsto em 9 meses.

Também faz parte do projeto incentivar maior diversidade de culturas de subsistência, como macaxeira, hortaliças, batata doce, inhame, cará, milho e feijão, que servem para alimentação da família e para comercialização na feira semanal que funciona no galpão da Coopeagro, todas as sextas feiras e aos sábados.

Fonte: Agência Alagoas

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