UE determina retirada de ambulantes do entorno do hospital

Alagoas 24 HorasElisângela Dorda diz que sua barraca está instalada há 26 anos nas proximidades da UE

Elisângela Dorda diz que sua barraca está instalada há 26 anos nas proximidades da UE

O diretor-geral da Unidade de Emergência Dr. Armando Lages, Tadeu Muritiba, determinou que os ambulantes que comercializam no entorno da unidade deixem o local no prazo de 20 dias. O anúncio foi feito aos comerciantes na última segunda-feira (17) pelo próprio diretor.

“Com a junção dos hospitais vamos precisar do espaço público que hoje é ocupado por um conglomerado de ambulantes. A medida foi adotada porque vai haver uma mudança na entrada de emergência – por onde passam as ambulâncias – e a permanência deles no local se torna impossível”, explicou Muritiba.

Muritiba disse saber da dificuldade social dos ambulantes, mas informou que, depois da reforma, vai ser impraticável se trabalhar com a permanência dos comerciantes. “Nós precisamos do espaço livre para a entrada das ambulâncias do Samu e do Corpo de Bombeiros. Há uma grande movimentação na entrada de classificação de risco, que vai deixar de ser feito pela rampa. Além de que o muro, que hoje é utilizado pelos ambulantes, vai ser demolido. Na minha visão é impossível liberar a Avenida Siqueira Campos para o comércio ambulante”, completou.

Atualmente existem quatro barracas fixas, e cinco carrinhos móveis no espaço ao lado da Unidade de Emergência. O prazo para retirada das barracas do local vence no dia seis de agosto.

Ambulantes

Os comerciantes desaprovam a decisão do diretor-geral da Unidade de Emergência Dr. Armando Lages, Tadeu Muritiba. A maioria deles alega que estão no local há muitos anos e não podem ser retirados com “uma mão na frente e outra atrás”. É o caso da comerciante Elisângela Dorta, que trabalha em uma barraca de lanches juntamente com o pai, o seu João Dorta.

Segundo Elisângela, ela e o pai estão no local há mais de 26 anos. “É a fonte de renda da família. Há muito tempo que meu pai é comerciante. Simplesmente, a Unidade de Emergência avisou da decisão. Nada ainda foi discutido, nem nós comerciantes nos reunimos, mas o correto seria esta questão ser debatida por todas as partes. Se querem nos retirar que pelo menos falem também em indenização, ou mostrem alternativas”, colocou.

Dorta diz ainda que uma solução viável seria a padronização das barracas. “Já que a mudança é por conta da reforma, vamos discutir a padronização das barracas. Fica tudo bonito e ninguém sai perdendo. Queremos conversar com a Prefeitura Municipal sobre a nossa situação”, declarou. “Isto sem contar no que investimos para poder ter este ponto”, complementou.

Além dos comerciantes, alguns funcionários da Uncisal, como é o caso de Valdeci Paulina, detestaram a idéia da mudança. “Se tirarem os carrinhos de lanche daqui, vão nos deixar sem opção. Muita gente trabalha o dia todo, e se alimenta aqui porque o hospital não dá muita opção de cardápio e a comida em outros locais é muito cara. Os carrinhos nos ajudam. Nos falaram que iriam colocar uma única lanchonete no hospital Fica muito caro para quem é funcionário e ganha pouco”, desabafou Paulina.

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