Polícia Civil divulga informações sobre operação em União dos Palmares

Alagoas24Horas/ ArquivoDavino (foto) e o secretário Ronaldo dos Santos comandam as prisões

Davino (foto) e o secretário Ronaldo dos Santos comandam as prisões

Desde as 5h da manhã, as Polícias Civil e Militar se encontram em União dos Palmares. O objetivo da operação é prender os suspeitos de integrarem o grupo de extermínio conhecido como Os Ninjas. Eles atuam na região desde 1998. O Núcleo de Combate ao Crime Organizado (NCCO) expediu 10 mandados de prisão.

De acordo com a assessoria da Polícia Civil, apenas um dos mandados não foi cumprido, porque um dos suspeitos conseguiu fugir antes da chegada da Polícia Civil. Neste momento, o diretor-geral da Polícia Civil, Robervaldo Davino está retornando para Maceió.

A cúpula de segurança do Estado deve se reunir para decidir qual unidade do sistema prisional deve abrigar os presos. Há grandes possibilidades – conforme assessoria da Polícia Civil – dos militares detidos serem levados para a carceragem do Presídio Militar.

A assessoria informa ainda que cerca de 100 homens das forças da segurança pública se encontram em União dos Palmares para prender o suspeito que conseguiu escapar. A informação repassada para a imprensa é que não há previsão para o fim das buscas. “Estamos tentando concluir todos os mandados ainda hoje”.

Os mandados foram expedidos pelo juiz Diógenes Tenório do NCCO. Quatro dos PMs presos são apontados como seguranças do ex-governador Manoel Gomes de Barros. Eles são acusados de seqüestros, assassinatos, latrocínios e agirem a serviço de fazendeiros e empresários da região.

A Polícia Civil confirma que os presos estão lotados em batalhões da cidade de União de Palmares e Maceió. Segundo a assessoria de imprensa, os nomes dos presos serão divulgados em breve.

Os Ninjas

O grupo de extermínio conhecido como Ninjas atuava na região de União dos Palmares desde 1998, cujo ato criminoso de maior repercussão na época foi a execução de quatro pessoas – sendo dois deles menores.

Desde então, os Ninjas vinham atuando em diversos crimes na região. Pelo que a polícia conseguiu levantar, o grupo era composto de policiais do Pelotão de Operações Especiais – Pelopes, que recebiam dinheiro para praticar crimes para políticos e fazendeiros e agiam também como “justiceiros”, matando quem se envolvessem em assaltos e pequenos crimes no município de União.

São atribuídos ao grupo crimes, principalmente “desovas”, ocorridos até em cidades pernambucanas como Quipapá. A interferência de pessoas influentes sempre prejudicou as investigações dos homicídios praticados pelo grupo, entre 1998 a 2005, que esbarravam na falta de provas ou no medo das testemunhas.

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