Oito militares e um guarda civil são presos em União

A operação desencadeada na manhã de hoje para prender supostos membros do grupo de extermínio Os Ninjas se encerrou agora há pouco, em União dos Palmares, distante 83 quilômetros de Maceió. De acordo com a assessoria da Polícia Civil, oito militares foram presos, além de um guarda civil do município.

A assessoria de imprensa confirmou ainda as prisões dos militares: subtenente Antônio Batista, o cabo Valdir, os soldados identificados como Givaldo Vicente, Fernando Gomes, Tadeu, Sandro, Lenildo e Marquinhos. Luis Carlos – que trabalha como guarda civil em União dos Palmares – também foi preso e se encontra na Delegacia Regional de União dos Palmares.

Eles são suspeitos em assaltos, seqüestros e homicídios. O diretor-geral da Polícia Civil, Robervaldo Davino, declarou que os suspeitos serão processados ainda por porte ilegal de arma. Todos eles estavam com armas não registradas, inclusive o guarda civil. Davino declarou que não passará maiores detalhes porque ainda não fez uma análise mais precisa dos inquéritos que investiga a atuação dos ninjas.

Os militares foram presos em suas residências em União dos Palmares e Davino não confirmou a informação de que quatro dos suspeitos trabalham como seguranças do ex-governador Manoel Gomes de Barros. O PM que trabalha como chefe da Guarda Municipal de União dos Palmares, Jailson Vicente conseguiu fugir.

As prisões foram determinadas pelo juiz do Núcleo de Combate ao Crime Organizado (NCCO), Diógenes Tenório, que não se encontra em Maceió. Os mandados foram expedidos às 23h de ontem.

Os Ninjas atuam em crimes na região de União dos Palmares desde o ano de 1998. Várias investigações no sentido de prender os integrantes do grupo foram feitas, mas sempre sem êxito. Esta é a primeira vez que suspeitos de integrarem a facção criminosa são detidos pela Polícia Civil.

Os militares serão conduzidos para o Presídio Militar – localizado no Quartel do Trapiche da Barra – e o guarda civil espera por determinação da Justiça, na carceragem da delegacia de União dos Palamres. Davino não comentou sobre a extensão da quadrilha, mas conforme investigações feitas anteriormente pela Polícia Civil o bando era contratado para execuções na região.

A Secretaria de Defesa Social – por meio de sua assessoria – informou que não se reunirá para coletiva com a imprensa na manhã de hoje. Davino falou com alguns jornalistas pelo telefone e deu declarações nas rádios. Em breve, a Polícia Civil deve anunciar novidades sobre as investigações que apuram os crimes dos “ninjas”.

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