Petistas na laje, com bandeiras e nos telhados das casas. Foi em um bairro da zona sul, na periferia de São Paulo, que a campanha do candidato do PT à reeleição, Luiz Inácio Lula da Silva, realizou um comício na noite desta quarta-feira.
No palanque, políticos, artistas e ministros. Lula chegou com uma hora e meia de atraso e falou para cerca de 4.000 pessoas, segundo a Polícia Militar.
No discurso de quase meia hora, o candidato, sem citar os escândalos de corrupção e o recente caso envolvendo petistas na compra de um dossiê contra os adversários, admitiu erros em seu governo.
"Humildemente eu reconheço que nós erramos, eu reconheço que nós fizemos coisas erradas, mas humildemente eu reconheço que, com tudo de errado que nós fizemos, este país melhorou de forma extraordinária se comparada aos oito anos do governo deles", disse.
Lula repetiu que governa para todo o povo brasileiro, mas com atenção especial aos pobres, principalmente das regiões Norte e Nordeste. Ele também atacou o projeto de seu adversário, o tucano Geraldo Alckmin, afirmando que a oposição vai privatizar empresas públicas.
Favorito nas pesquisas, Lula mencionou a aprovação da população ao seu governo para dizer que está certo de que vencerá as eleições.
"Eu quero ver alguém sair do governo com a avaliação que nós estamos hoje no final de mandato, depois da gente apanhar quatro anos da imprensa brasileira. Quatro anos que as coisas boas que nós fazíamos não apareciam nos jornais e as coisas ruins apareciam em coisas garrafais", afirmou.
Para encerrar o comício, a sambista Leci Brandão cantou um parabéns para Lula, que completa 61 anos nesta sexta.
Esse foi o último comício da campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. De São Paulo, ele seguiu direto para Brasília, onde fica até sexta-feira, quando viaja para o Rio de Janeiro para participar do último debate com Geraldo Alckmin na TV Globo
