De virada, Brasil vence a China, vinga 2002 e se aproxima da semifinal

AFPSeleção comemora virada contra a China

Seleção comemora virada contra a China

A seleção brasileira feminina de vôlei conseguiu três feitos nesta quinta-feira: venceu a China em uma grande virada, por 3 sets a 2, com parciais de 24-26, 20-25, 25-21, 25-16 e 19-17, ficou muito perto da vaga nas semifinais do Campeonato Mundial e ainda devolveu a eliminação sofrida diante da rival na última edição do torneio, em 2002.

O resultado deixa a seleção brasileira a apenas uma vitória das semifinais. O time enfrenta a Alemanha no sábado e a Rússia no domingo. Até mesmo se perder os dois jogos o time tem condições de se classificar, dependendo de outros resultados.

O Brasil também conseguiu se vingar da derrota sofrida para a China no último Mundial, em 2002, na Alemanha, uma vez que a virada desta quinta-feira eliminou matematicamente todas as chances das campeãs olímpicas no Mundial.

Nesta quinta, o Brasil apostava em um forte saque para tirar a bola da mão da levantadora Kun Feng, uma das melhores do mundo na posição. Nos dois primeiros sets, o fundamento não funcionou como a equipe gostaria. Assim, Feng conseguiu variar bem o jogo e municiar as fortes atacantes Yimei Wang, Hao Yang e Yunil Xu, principalmente pelas pontas, acabando com as chances da defesa brasileira.

Para piorar, o ataque do Brasil foi bem marcado pelo bloqueio e pela defesa chinesa. E a seleção não conseguiu fugir da marcação adversária, mesmo com as diversas mudanças realizadas pelo técnico José Roberto Guimarães. A levantadora Fofão, a meio-de-rede Fabiana e a ponteira Sassá, que se machucaram em partidas anteriores do Brasil foram bastante aproveitadas.

A virada brasileira surgiu a partir do terceiro set, quando o time conseguiu encaixar o saque e fortalecer o bloqueio. Bem marcadas, as atacantes chinesas não encontraram saída e passaram a errar bastante.

O Brasil começou a partida com a mesma equipe que venceu o Azerbaijão, com a levantadora Carol Albuquerque, as centrais Carol Gattaz e Walewska, as ponteiras Mari e Jaqueline, a oposto Sheilla e a líbero Fabi.

A seleção conseguiu uma pequena vantagem no início do jogo. Mas a boa passagem de Yang no saque, e os ataques certeiros de Wang, fizeram Zé Roberto pedir tempo quando as chinesas pularam na frente (14-12).

O treinador resolveu mexer na equipe, colocando em quadra Fofão e Renatinha nos lugares de Carol Albuquerque e Sheilla. A mudança surtiu efeito, e a seleção abriu três pontos de vantagem, após um ataque de Jaqueline (22-19).

A seleção, entretanto, se desconcentrou. E mesmo com a entrada de Fabiana em quadra, não conseguiu evitar dois aces de Yang e a derrota no set por 26-24.

O momento de desconcentração persistiu no início do segundo set. Mari errou o passe nas duas primeiras bolas e foi substituída por Sassá.

A China, entretanto, não demorou muito para abrir cinco pontos de vantagem (9-4). Zé Roberto colocou de novo Renatinha no lugar de Sheilla e a seleção conseguiu diminuir a diferença para um ponto (15-14).

Mas o bloqueio da China, e os erros de saque de Sassá e Fofão, contribuíram para que a seleção asiática fechasse a parcial em 25-20, em uma largadinha de Yunli Xu.

Em grande desvantagem no marcador, o Brasil melhorou. O saque começou a entrar melhor e o bloqueio, principalmente com Walewska, marcou as atacantes chinesas.

Dois ataques seguidos de Jaqueline levaram o Brasil a uma vantagem de quatro pontos no primeiro tempo técnico (8-4). A China marcou cinco pontos consecutivos e assumiu a liderança no marcador (9-8).

O Brasil não se desesperou. Com um ataque de Sheilla e dois bloqueios de Walewska voltou a colocar quatro pontos de frente (18-14). E desta vez para não perder mais, até fechar o set em 25-21, com Fabiana.

A seleção continuou bem na parcial seguinte. Em nenhum momento o Brasil deixou a China ficar à frente do marcador. As campeãs olímpicas também ajudaram, errando três vezes seguidas e dando uma folga de quatro pontos para as brasileiras (9-5).

O desempenho do Brasil desestabilizou as chinesas, que abriram a guarda para as bolas de meio de Fabiana e Walewska. Assim, até com certa tranqüilidade, a seleção fechou a parcial por 25-16.

No tie-break, as duas equipes começaram bem concentradas, virando todas as bolas. A China abriu uma pequena vantagem (8-5) após dois erros do Brasil, mas a seleção não deixou as adversárias escaparem no marcador.

O Brasil retomou a dianteira do marcador e desperdiçou três contra-ataques que poderiam ter assegurado a vitória. A equipe teve até mesmo um match point, mas não conseguiu marcar. Depois, foi a vez da China ter dois pontos decisivos do jogo a favor, também sem conseguir fechar.

A seleção conseguiu recuperar a vantagem. E não perdoou. No seu terceiro match point, fechou o set em um bloqueio duplo, em 19-17. O resultado foi comemorado em quadra como se fosse um título, com as jogadoras se abraçando, gritando e até chorando.

Fonte: Uol

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