A história do promotor acusado de abusar sexualmente da filha e da enteada está maior. Nesta tarde, durante uma manifestação realizada para divulgar o caso e cobrar a punição do promotor de Justiça Carlos Fernando Barbosa de Araújo, a terceira mulher dele contou que a filha mais nova do casal, uma menina de apenas quatro anos, seria mais uma vítima de abuso sexual.
A mãe da menina, que pediu para não ter o nome revelado, conta que soube dos fatos no início deste ano, quando a filha mais velha do promotor – com a primeira mulher dele – revelou o abuso sofrido pelo pai por dez anos. Hoje, ela tem 25 anos e conta que foi abusada dos 12 aos 22 anos, assédio que terminou somente há dois anos, quando ela foi espancada pelo pai, que tentou estrangulá-la no apartamento dele, no bairro da Ponta Verde.
Depois do incidente, a jovem prestou queixa na Delegacia da Mulher e o processo foi instaurado no Ministério Público. “Neste ano, ela notou que minha filha mais velha, que foi enteada do promotor, também estava passando por isso. Depois que conversei com a menina, que tem 13 anos, ela revelou o abuso sexual, sofrido por cinco anos, e nós entramos com uma representação no Ministério Público”, explicou a mãe da menina.
Ela disse ainda que o promotor está de férias e não foi punido porque o processo ainda está correndo de forma administrativa. “O processo estava parado, mas nessa semana ele está constituindo um novo advogado e o processo será retomado na próxima semana. Nós estamos recebendo apoio do Ministério Público, mas tudo precisa obedecer a prazos”, afirmou.
Sobre a última novidade no caso, a mãe contou sobre a filha mais nova – também filha do promotor -, que poderia ter sido mais uma vítima de abuso sexual.
“Há cerca de um mês, nós descobrimos que ele estava preparando a outra menina, minha filha mais nova, de quatro anos, que também seria abusada por ele”, revelou, ainda assustada em falar sobre o assunto.
A mãe das meninas disse também que as três – a filha mais velha do promotor e as duas filhas dela – estão sendo acompanhadas por psicólogos, em tratamentos para tirar o trauma causado pelo abuso sexual.
“Estamos contando com o apoio da família e de amigos. Quando minha filha mais velha sofreu o abuso, ela não falava porque era muito ameaçada por ele. Isso dá mais que raiva, até porque ele é um promotor de Justiça”, finalizou a mãe da menina.
O promotor, que é responsável pela comarca de Anadia, está respondendo por um processo administrativo no Ministério Público, que corre sob sigilo de Justiça. “Ele tem duas representações no Ministério Público, o primeiro apresentado pela filha mais velha e o segundo, por causa da minha filha, que foi enteada dele”, explicou a mãe da menina, que cobra justiça pelas filhas.
