Após mudança de empresa, rodoviários cobram direitos e recolocação no mercado

Trabalhadores alegam que nova empresa que assume em Rio Largo não respeitou contrato firmado com Arsal

João Urtiga/Alagoas24horasDSC_0022

Cerca de 200 funcionários da empresa de ônibus Tropical realizaram na manhã desta sexta-feira (10), nas avenidas Durval de Góes Monteiro e Fernandes Lima, um protesto contra a não contratação dos trabalhadores por parte da empresa Veleiro, que passou a operar agora em Rio Largo.

A substituição de uma empresa por outra é parte de um novo contrato firmado junto à Agência Reguladora de Serviços Públicos do Estado de Alagoas (Arsal). O acordo prevê que os funcionários sejam absorvidos pela nova empresa que assume as linhas na região.

De acordo com Écio Ângelo, presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários no Estado de Alagoas (Sinttro-AL), faltou habilidade para a agência lidar com a situação. Ele denuncia que a escolha pela empresa Veleiro não passou por nenhum processo licitatório. “É preciso reaver as questões trabalhistas para só depois colocar a Veleiro em operação”, diz o presidente.

Com a mobilização, linhas que operam na localidade estão sem funcionar na manhã de hoje. Os destinos Aeroporto-Ponta Verde, Aeroporto-Maceió, Maceió-Rio Largo via Gustavo Paiva, Maceió-Rio Largo via Mata do Rolo e Maceió-Cruzeiro do Sul não estão mais em atividade.

Segundo Fábio Calheiros, diretor especial de transporte da Arsal, a portaria que garante aos trabalhadores não foi ignorada. “A Arsal teve todo o cuidado com os entes que compõem o transporte público. Na decisão do colegiado que motivou a cassação da Tropical foi criada uma cláusula que obriga a empresa ganhadora, no caso a Veleiro, a contratar funcionários da parte operacional”, diz o diretor.

Para isso, um prazo de 180 dias é dado para que a nova empresa passe a atuar em caráter emergencial na região. Enquanto isso, para minimizar a crise do transporte na região, o diretor afirma que a Arsal planejou uma mobilização de outros veículos para atender a população durante esse tempo de adaptação.

“A Arsal já esperava essa situação e redirecionamos outros veículos de transporte para que as pessoas ali não fiquem sem assistência”, garante o diretor.

Dando segmento ao protesto, os trabalhadores seguiram pelas duas principais avenidas de Maceió com destino ao bairro do Trapiche, onde param para uma nova reunião.

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