Família reencontra gata desaparecida há dois anos em Santa Maria, no RS

Animal de estimação foi achado por acaso durante adoção de outra gata.

Arquivo PessoalMara na casa da família Alves (E), antes de ter a pata amputada, e depois, na clínica veterinária onde viveu por quase dois anos

Mara na casa da família Alves (E), antes de ter a pata amputada, e depois, na clínica veterinária
onde viveu por quase dois anos

Bastou colocar o olho na gata de três cores para a dona de casa Vanessa de Oliveira Alves, 35 anos, gritar: “Mara! É a Mara!” Mara é o apelido da gata de estimação da família, Maralaine, que finalmente havia sido encontrada após dois anos desaparecida em Santa Maria, no Rio Grande do Sul.

O reencontro da família apaixonada por gatos com Mara ocorreu na noite da última quinta-feira (11), em uma clínica veterinária da cidade. “Foi emocionante. A minha esposa dizia que um dia iria encontrar ela, mas eu não tinha mais esperanças”, descreve o policial militar Fabrício Staudt Alves, 34, marido de Vanessa.

Mara, a gata de pelos dourados, negros e brancos, havia sumido em maio de 2013, após uma troca de endereço da família, e nunca mais voltado para casa. Foi um desespero para Vanessa: “Eu saía na rua e olhava para tudo quanto é canto, procurando por ela”, recorda.

Depois de muita procura sem sucesso, a família decidiu adotar outra gata. No início do mês, porém, a gata adotada foi atropelada em frente à casa da família e acabou morrendo. Só que ninguém imaginava que essa perda iria proporcionar um grande reencontro.

Uma das três filhas do casal, Gabriele, de 9 anos, ficou tão triste com a morte do seu animal de estimação que pediu para a mãe que adotasse outra gata. Vanessa concordou e saiu em busca de animais para adoção no Facebook. Encontrou o anúncio da clínica veterinária de Luciana Wolle, 32 anos.

Na noite de quinta-feira, a família foi buscar o novo animal de estimação na clínica quando foi surpreendida ao ver a velha conhecida no local: Mara vivia lá desde o fim de 2013. “Enxerguei ela de costas, na hora eu vi que era ela por causa do pelo. Chamei e na mesma hora ela olhou para mim”, conta Vanessa.

Luciana Wolle diz que a gata chegou até os cuidados dela trazida por uma prima. Ela estava bastante debilitada e prestes a morrer. “Acharam ela na rua escondida embaixo de um carro. Ela estava desnutrida, com a perna necrosada. Tratamos ela por uma semana para ela poder aguentar a cirurgia e depois tivemos de amputar a perna”, explica a veterinária.

No dia seguinte à cirurgia, Mara já estava caminhando pela clínica. Rebatizada de Perninha, ficou por lá mesmo e conquistou a todos os funcionários, apesar de seu temperamento. “Ela não é muito dada, não gosta muito de colo. Deitava em cima das vassouras, rasgava os sacos de rações, destruia tudo”, lembra Fabiana Luiz, funcionária da clínica.

Luciana chegou a doar outra gata tricolor que tinha para ficar com Perninha, já que considerava difícil que alguém quisesse adotar uma gata adulta e amputada. Por isso, para ela foi difícil abrir mão do mascote. “Me apaixonei por ela, apesar do humor peculiar. Essa semana está sendo bem difícil sem ela aqui”, confessa a veterinária.

Apesar de sentirem a ausência de Perninha, todos na clínica dizem que se sentem felizes por terem testemunhado o reencontro de Mara com seus antigos donos. “A gente não acreditava. Eu comecei a me emocionar porque eles choravam com a gata no colo”, relata Fabiane.

Mara, ou Perninha, tem seis anos de idade e voltou para a família com quem vivia desde o nascimento. Agora a família tem quatro gatos. Vanessa ficou tão feliz que resolveu levar para casa também a outra gata que havia ido adotar, batizada de Elizabete. “Se não fosse ela, eu não teria encontrado a Mara”, conclui.

Fonte: G1

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