“Médico não pode ir quando quer”, diz Rui Palmeira sobre PAM Salgadinho

Alagoas24horas/ArquivoGreve dos servidores afeta atendimento no PAM Salgadinho

Usuários do PAM Salgadinho deverão ser atingidos pela greve dos médicos

O prefeito Rui Palmeira (PSDB) voltou a adotar um discurso duro a respeito da iminente greve dos médicos no PAM Salgadinho, que deve ser deflagrada na próxima segunda-feira, dia 3. Rui afirmou que há profissionais médicos com salários de cerca de R$ 34 mil que se recusam a trabalhar. “Não vamos mais tolerar esse tipo de coisa, se não quiser (trabalhar), tenha dignidade e peça para sair”, disse Rui em entrevista na manhã de hoje (31) durante assinatura para reforma de mais uma escola municipal.

O chefe do Executivo Municipal voltou a atribuir ao movimento dos médicos um posicionamento contrário à instalação do ponto eletrônico. Em sua fala, o prefeito voltou a reconhecer a falta de estrutura no PAM, mas destacou os investimentos da sua gestão na área de saúde.

O presidente do Sindicato dos Médicos de Alagoas (Sinmed/AL), Wellington Galvão, disse em entrevista ao Alagoas 24 horas que acredita que o prefeito Rui Palmeira está mal assessorado ao afirmar que existem médicos que recebem R$ 34 mil. Segundo o sindicalista, mesmo os profissionais com carga de 40 horas, com mais de 20 anos de serviço até poderiam atingir esse valor, mas os salários são alvo do fator redutor constitucional, que impede que qualquer servidor ganhe salário superior ao do prefeito, que atualmente recebe em torno de R$ 20 mil.

Questionado se a categoria se opõe à instalação do ponto eletrônico, Galvão alega que a questão sequer foi tratada pela categoria em assembleia, uma vez que a cobrança da carga horária é prerrogativa do gestor e cabe a ele fazê-lo como achar melhor. “Essa greve não é por salários ou contra o ponto eletrônico, essa greve é por melhores condições de trabalho e atendimento com dignidade para população”, defende Wellington Galvão.

“Um profissional médico com 20 horas recebe em média R$ 3 mil. A verdade está com a classe médica e estamos abertos ao diálogo, aguardando uma reunião intermediada pelo presidente do Tribunal de Justiça, desembargador Washington Luiz”. Sem acordo até o momento, a greve está mantida para a próxima semana.

O secretário de Comunicação de Maceió, Clayton Santos, confirmou o fator redutor informado pelo presidente do Sinmed e disse que a prefeitura não está contra a categoria. O secretário disse que o ponto eletrônico visa tão somente garantir a eficiência na comprovação da presença dos profissionais médicos. “Eles (médicos) têm razão na crítica, mas o corte de recursos federais comprometeu o andamento das obras no PAM Salgadinho”, defende Clayton.

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