Imagem mostra cratera formada por causa de explosão em porto chinês

Donos de armazém teriam utilizado influência para conseguir licenças. 114 pessoas morreram e mais de 700 ficaram feridas.

Reuters/Stringercratera

Uma imagem aérea mostra uma “lagoa” que se formou em uma cratera aberta pelas explosões que atingiram um armazém no porto chinês de Tianjin. O impacto da explosão pôde ser sentido em um raio de 10 km de distância. O último balanço indica que 114 pessoas morreram, 70 permaneciam desaparecidas e 700 ficaram feridas em decorrência da tragédia ocorrida em 12 de agosto.

A agência oficial de notícias Xinhua informou nesta quarta-feira (19) que o filho de um ex-chefe de polícia é um dos proprietários do armazém da Ruihai International Logistics, de acordo com a Associated Press. O outro é um ex-executivo de uma empresa estatal da área química. A imprensa local acusa os dois de se aproveitarem de seus contatos privilegiados para conseguir as licenças necessárias para instalação do armazém.

A explosão alimentou os temores de contaminação entre os 15 milhões de habitantes desta metrópole portuária do leste chinês e levantou a polêmica sobre o armazenamento de produtos químicos na região do porto. O vice-prefeito de Tianjin, He Shusheng, confirmou que “quase 700 toneladas” de cianureto de sódio estavam no local.

O chefe do órgão do governo responsável pela segurança industrial, Yang Dongliang, estava sob investigação por corrupção, segundo a Associated Presse. Yang já havia trabalhado por 18 anos em Tianjin na indústria do estado e do governo local, chegando a vice-prefeito executivo. Seu filho também foi interrogado.

Enquanto isso, as autoridades do maior porto de mercadorias do norte da China asseguraram que as atividades portuárias voltaram à normalidade depois de mais de quatro dias de suspensão.

O porto recebe 40% dos veículos importados pela China e também grandes quantidades de minério de ferro, matéria-prima básica para a indústria siderúrgica nacional, por isso que estes setores foram especialmente afetados pela tragédia.

O maior fabricante japonês de automóveis, a Toyota Motor, anunciou por exemplo que vai parar as operações de três linhas de produção na China por causa dos efeitos das explosões até quarta-feira (19).

O primeiro-ministro chinês, Li Keqiang, visitou no domingo o lugar do acidente, enquanto a Corte Suprema chinesa anunciou a abertura de uma investigação para esclarecer se houve negligência no acidente, ocorrido em um armazém que guardava materiais químicos perigosos e altamente inflamáveis.

Fonte: G1

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