França se prepara para eventuais ataques químicos durante a COP 21 em Paris

REUTERS/Fabrizio Bensch/Files1

O governo francês se prepara para eventuais ataques químicos durante a COP 21, a conferência internacional sobre o clima, que acontece de 30 de novembro a 11 de dezembro em Paris. Por isso, o Ministério da Saúde autorizou, com uma publicação no Diário Oficial de domingo (15), o fornecimento de grandes quantidades de sulfato de atropina, o único antídoto contra alguns gases tóxicos, ao Samu (Serviço de Ajuda Médica Urgente) pela farmácia central do Exército.

“Essa medida estava prevista dentro do plano de preparação para a COP 21. Não foi tomada por conta dos atentados de sexta-feira. É uma precaução para um evento de grande dimensão”, afirmou a Direção Geral de Saúde ao jornal francês Le Figaro.

A autorização prevê a produção e distribuição do antídoto em grandes quantidades (40mg/20ml). O sulfato de atropina é usado por via intravenal para curar pessoas expostas a gases neurotóxicos organofosforados, como sarin, tabun, soman e VX, que são altamente tóxicos. Em caso de ataque, as vítimas devem receber doses de 2 mg da substância a cada cinco minutos, até que os sintomas desapareçam.

Primeira Guerra Mundial

Descobertos após a Primeira Guerra Mundial, os gases neurotóxicos organofosforados reduzem o ritmo cardíaco. “A atropina é um antídoto eficaz e conhecido de longa data contra esses agentes anticolinesterásicos (de alta toxicidade)”, explica o farmacologista Michel Plotkine, da Universidade Paris Descartes.

A substância também é usada na medicina, mas “em quantidade muito menores”, de cerda de 1 mililitro, como explica Eric Le Carpentier, diretor adjunto do Samu. “Em situações de ataques químicos, temos necessidade de grandes quantidades. Senão, é necessário quebrar várias pequenas ampolas, o que não é nada prático em uma emergêcia”, afirmou. A rapidez do tratamento é determinante para a cura da vítima.

Fonte: RFI

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