Com ouro na vela, Martine Grael é 1ª campeã olímpica brasileira a repetir feito de um de seus pais

A atleta venceu a classe 49er FX junto com Kahena Kunze 20 anos depois de seu pai

REUTERS/Benoit Tessier4li3wm1qre_1w3kmp9n2p_file

Martine Grael e Kahena Kunze fizeram história nas águas da Baía de Guanabara nesta quinta-feira (18) ao conquistar uma medalha de ouro na vela, na classe 49er FX, na Rio 2016. Juntas, ganharam o primeiro ouro feminino brasileiro do esporte na história das Olimpíadas.

Martine, porém, estabeleceu marcas à parte: além de aumentar o legado de seu sobrenome na galeria de heróis olímpicos do Brasil, ela conquistou para o país um inédito “ouro geracional”.

Ela é a primeira filha de um campeão olímpico a repetir o feito. Seu pai, o velejador Torben Grael, é, ao lado do colega de esporte Robert Scheidt, o maior medalhista olímpico brasileiro.

Ele ganhou seu primeiro ouro há exatos 20 anos, em Atlanta 1996. Conquistou mais um em Atenas (2004). Também já levou uma prata, em Los Angeles (1984), e dois bronzes, em Seul (1988) e Sydney (2000).

Com arrancada no final, Martine Grael e Kahena Kunze conquistam o ouro na vela

Na história olímpica brasileira, apenas o levantador Bruninho, da seleção masculina de vôlei, tinha iniciado uma “dinastia” ao conquistar uma medalha de prata em Pequim 2008, mesma posição no pódio que seu pai, o técnico Bernardinho, ficou como jogador em Los Angeles, em 1984.

A família Grael tem ainda dois bronzes olímpicos conquistados pelo irmão de Torben, Lars, também velejador, em 1988 e 1996. Lars e Torben foram os primeiros irmãos a conquistar medalhas pelo Brasil, recorde que durou até 2012, quando Esquiva e Yamaguchi Falcão subiram ao pódio no boxe.

Esperança

Martine e Kahena evitaram também que a vela brasileira “passasse em branco” na Rio 2016 e, pela primeira vez desde dos Jogos de 1992, em Barcelona, na Espanha, deixasse de conquistar um pódio.

A dupla obteve a quarta medalha de ouro brasileira e deixou o país mais perto de ao menos igualar o maior número de ouros já obtidos em uma olimpíada — cinco, em Atenas (2004).

De quebra, deu esperança de que a delegação brasileira fique perto do total de 17 pódios obtidos em Londres, há quatro anos — a melhor participação do Brasil na história dos Jogos.

O país já não vai mais atingir a meta de mais de 20 medalhas previstas para que terminasse entre os dez maiores colecionadores de medalha na Rio 2016, mas, ao menos, obtém resultados históricos por si.

A vitória na classe 49er foi apenas a segunda medalha feminina brasileira na vela: em 2008, Isabel Swan e Fernanda Oliveira levaram o bronze na classe 470.

Fonte: R7

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