A “mordida” é maior

O título acima serve para avaliar duas situações bastante atuais, ambas com prejuízos sérios para algumas camadas da população brasileira.
A primeira é a da nova legislação imposta aos motoqueiros com relação à sua própria segurança, segundo alegação do governo.
A batida é maior do que se esperava, quando se anunciou a necessidade apenas do uso de um selo, que facilmente poderia ser adquirido.
A realidade é bem outra: os capacetes, em sua grande, imensa maioria não serão mais tolerados. Como ocorre nestes casos, os permitidos já sumiram do mercado ou apareceram com preços sensivelmente majorados.
Quem tem moto ainda vai levar um susto maior quando tiver que emplacar o veículo, porque o dito “pequeno” reajuste em relação ao modelo anterior na verdade vai acrescer o valor de R$ 20 para R$ 50 ou R$ 60.
A outra situação é a voracidade do governo Federal em recuperar o que perdeu – em prestígio, força política e recursos – com o fim da CPMF.
Lula e seus ministros da área econômica resolveram penalizar a classe média (desde a baixa até a mais alta), talvez por saber que ali ele cada vez mais perde a confiança.
A nova e perversa regra do IOF e o anunciado cancelamento de concursos públicos que dariam estabilidade a mais de 100 mil brasileiros demonstram claramente que o jogo será cada vez mais pesado.
São poupados os ricos, cada vez mais ricos – classe onde está a grande maioria dos sonegadores – e os mais pobres, que tiveram mudança favorável com maiores transferências dos programas bolsas, ganharam ainda mais força como suportes para o governo.
Resta saber como a oposição no congresso, os servidores públicos federais – sem direito a aumento, conforme já anunciado – e as centrais sindicais poderão reagir a tudo isto.