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Abismo cruel

No segundo dia do ano, matéria mostrada pela televisão levou-me de novo a querer comentar um pouco sobre o injusto e cruel abismo que distanciam cada vez mais os seres humanos, uns cada vez mais beneficiados pelos avanços tecnológicos e outros estagnados, simplesmente parados no tempo.
A matéria mostrava um povoado onde os moradores não possuem em casa o recurso da energia elétrica. Para assistir a programação mostrada pela TV têm que sair até a praça da cidade, onde um aparelho está instalado.
Cruel. Injusto. Inconcebível que no século XXI ainda existam pessoas – e como são muitas, milhões delas – sem acesso a eletricidade.
Gente, não estou me referindo a luz, que nós temos de forma natural durante o dia. A escuridão da noite atrapalha menos, porque passamos mais tempo dormindo. Estou falando da energia elétrica, indispensável para o funcionamento de aparelhos que podem ser taxados de indispensáveis, tipo geladeira ou um simples liquidificador.
O cara sem eletricidade permanece próximo da vida primitiva, cada vez mais longe do conforto oferecido aos que utilizam a energia para fazer funcionar televisores trocados no máximo de ano em ano, modernos condicionadores de ar, circuito fechado e tudo o mais que o dinheiro possa adquirir.
Estamos falando de energia, mas podemos falar de abastecimento de água, de saneamento, de acesso à saúde. De gente que vive sem um mínimo de dignidade, contrastando com os que muitas vezes esbanjam pelo excesso que lhes é permitido.
Mais grave é que não há qualquer perspectiva de que a distância entre os dois extremos comece a diminuir. Nem sequer que ela permaneça no nível que está. Certamente – e isto é o mais assustador – este abismo vai crescer, porque a tecnologia continuará avançando e os “sem nada” não sairão desta condição.

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