Advogados vão recorrer da decisão do júri

A tão esperada decisão do Conselho de Sentença no julgamento do assassinato da ex-deputada Ceci Cunha e seus familiares chegou. A condenação era esperada por todos e foi um alívio para uma família que esperou mais de uma década que a Justiça fosse feita. Em média, cada participante pegou 100 anos de prisão.
Jadielson Barbosa teve uma pena de 105 anos de cadeia: Alécio César, 87 anos e 3 meses: José Alexandre dos Santos, 105 anos: Mendonça Medeiros, 75 anos e 7 meses e Talvane Albuquerque, considerado como o mandante da chacina, 103 anos e 4 meses de reclusão. Todos irão cumprir em regime fechado. Os advogados dos condenados, entretanto, já anunciaram que irão recorrer da decisão do júri em recursos para o Tribunal Regional Federal, em Recife para tentar anular o julgamento.
A partir de agora será travada nova batalha nos tribunais, cujo desfecho ninguém sabe quando terminará. Durante todo esses período, todavia, todos os cinco condenados continuarão presos.
Se as penas forem cumpridas de acordo com a lei, esses assassinos deverão sair da prisão, velhinhos, mas conscientes de que o crime não compensa. Matar inocentes é atentar contra Deus, contra as nossas leis, contra as nossas famílias.
A decisão do júri depois de assistir um desfile de mentiras assacadas durante o julgamento foi sábia. Como foi sábia a sentença proferida pelo juiz federal André Granja, que pacientemente interrogou testemunhas e acusados, fornecendo aos integrantes do Conselho de Sentença informações para que melhor pudessem dar o veredicto final.
Se a decisão final de condenação dos réus não faz com que as vidas ceifadas sejam recuperadas, pelo menos a sociedade mostrou que não admite que a pistolagem continue sendo a arma principal contra a lei e a justiça.