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Após denúncia do blog, Jornal Nacional vem a AL

A superlotação das UTIs neonatais das maternidades públicas e privadas de Alagoas- e a recomendação do defensor público, Ricardo Melro, de que as gestantes de alto risco saiam de Alagoas -inclusive as que tem planos de saúde- foi assunto no Jornal Nacional de ontem.
Ele foi visto, em primeira mão, por este blog e, logo depois, pautou o portal Terra, o Jornal do Brasil e, desde ontem, o JN.
A recomendação de Ricardo Melro movimentou equipe do JN no Ar, que saiu ontem do Rio de Janeiro em direção a Alagoas, para acompanhar a crise nas UTIs das maternidades de alto risco. O assunto abriu o telejornal. Ver texto e vídeo abaixo, retirados do site do JN:
Crise nas maternidades
Em Alagoas, as maternidades e UTIs neonatais estão lotadas, inclusive as que funcionam em hospitais particulares. Isso levou o defensor público Ricardo Melro a recomendar que gestantes consideradas de risco tenham filhos em outros estados.
No inicio do mês, grávidas já aguardavam atendimento nos corredores da maternidade estadual. Nesta quinta (14), o governo de Alagoas determinou a transferência urgente de dez pacientes para o hospital universitário. Até o momento, só uma mulher foi transferida.
A equipe do JN no Ar vai para Maceió mostrar esta situação difícil na saúde. A bordo do jatinho do JN no Ar, eles vão percorrer 1.657 quilômetros, em duas horas de voo até Maceió. A reportagem vai contar com o apoio da TV Gazeta de Alagoas.
O hospital para onde mais nove grávidas deverão ser transferidas já enfrenta problemas. No início do mês, parte do hospital universitário foi interditado por causa de uma superbactéria muito resistente a antibióticos, que provocou a morte de seis pessoas que estavam internada na unidade.
Portanto, nesta sexta (15), a equipe vai mostrar as dificuldades enfrentadas pelos pacientes, mulheres que têm uma gravidez de risco e que deveriam ter muita tranquilidade para superar uma fase tão delicada.
Ver vídeo aqui: http://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2011/04/jn-no-ar-mostra-situacao-dificil-em-maternidades-de-alagoas.html
Texto do blog
A transferência de quatro gestantes para as UTIs neonatais para três hospitais particulares em Maceió superlotou também todas as unidades particulares- responsáveis por partos de alto risco. Por isso, o defensor público, Ricardo Melro, aconselha às mães: "Saiam de Alagoas e procurem maternidades de Recife ou Sergipe se o bebê precisar da UTI Neonatal. Não temos mais espaço em Alagoas".
O conselho vai exatamente para as mães que têm planos de saúde. Ou seja: agam diretamente para serem atendidas.
Nos próximos dias, o defensor vai entrar com uma ação civil pública- a de número 713,só este ano: quer obrigar a ampliação da Maternidade Santa Mônica- a única do Estado que atende bebês e gestantes de alto risco. A outra é o Hospital Universitário- mantido pela União.
Faz seis anos que um projeto para a ampliação da Santa Mônica aguarda sair do papel: "É tempo demais".
– "Maceió não tem nenhuma maternidade de alto risco. A Santa Mônica pertence ao Estado. O município não tem";
– "Falta vontade política. O que é mais importante para um gestor? Uma rua ou uma maternidade?";
– "A solução para este problema, além de ampliar a Santa Mônica, é ter atendimento de UTI de alto risco no interior do Estado. É para atender a esta demanda, uma população que cresce e não tem este serviço".
Desde ontem, o defensor Ricardo Melro virou um "funcionário" da saúde: é ele quem consegue, na "conversa", um espaço nos leitos de UTI para gestantes de alto risco.
"O quê deveria existir era uma pessoa para cuidar disso e não eu ter de assumir esta função pública. Esse quadro não muda nunca".
E parece que não muda mesmo. O Núcleo da Saúde da Defensoria entrou, este ano, com 713 ações na Justiça. Isso para obrigar o poder público a comprar cadeiras de roda, colchões especiais, remédios, fazer exames, internamento e até para a compra de fraldas geriátricas.
Cinco mil ações deste tipo estão acumuladas na Justiça. E 95% da população- que depende do SUS e não consegue atendimento em um hospital procura… a Defensoria.

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