Bispo Filho
Bispo Filho é Administrador de Empresas e Estudante de Jornalismo.
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Estamos falhando enquanto sociedade em proteger nossos jovens e adolescentes.
Dois homens foram baleados e morreram durante uma operação policial na Cidade de Deus, Zona Oeste do Rio, na madrugada deste domingo (11). Entre eles, estava o filho da funkeira Tati Quebra Barraco, Yuri Lourenço da Silva, de 19 anos. O outro homem morto é Jean Rodrigues de Jesus, de 22 anos.
Hoje, o Brasil perde um adolescente por hora, totalizando 24 mortos por dia, todos os dias.
O representante do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) no Brasil, Gary Stahl, enfatizou que os homicídios já respondem por 36,5% da causa de mortalidade nesta faixa etária no país.
A violência contra a população mais jovem coloca o Brasil em um paradoxo.
“O país é um caso de sucesso mundial no enfrentamento à mortalidade infantil, mas figura em segundo lugar em número absoluto de homicídios de adolescentes, atrás apenas da Nigéria”, sublinhou Stahl, adicionando que entre 2006 e 2012, 33, mil adolescentes foram assassinados.
Stahl citou, em um artigo publicado no portal UOL, que o país é referência internacional no combate à pobreza e na melhoria de vida de sua população, o que garante que a expectativa de vida média do brasileiro seja de quase 75 anos. No entanto, é o sexto no mundo em taxa de homicídio de crianças e adolescentes, atrás apenas de países como El Salvador. Isso significa que, para uma parte da população brasileira, a expectativa de vida é de apenas 18 anos de idade.
O Índice de Homicídios na Adolescência, desenvolvido pela Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, pelo UNICEF e pelo Observatório de Favelas e pelo Laboratório de Análise da Violência da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) ajuda a cruzar dados estatísticos para antecipar o número de adolescentes em risco.
O último índice divulgado aponta um quadro desolador: 42 mil adolescentes brasileiros poderão ser mortos violentamente entre 2017 e 2019 se as condições atuais do país prevaleceram.
A sociedade precisa tomar consciência do extermínio silencioso de adolescentes e jovens brasileiros, e se mobilizar para mudar essa realidade.
O DESTINO DE TODOS OS JOVENS É VIVER!!!!!!