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Bispo Filho

Bispo Filho é Administrador de Empresas e Estudante de Jornalismo.

Todas as postagens são de inteira responsabilidade do blogueiro.

Depois de ontem, antes do amanhã: Texto Joelma Nunes Della Justina

Nos últimos meses temos vivenciado dias de pesar e de dor.

O ano de 2019 vem sendo marcado por perdas, sejam mortes prematuras causadas por acidentes ou por tragédias.

E em todos esses casos costumamos nos sensibilizar e despertar para a necessidade de vivermos o dia de HOJE.

Estamos imersos num cotidiano acelerado, sempre pressionados a sermos os melhores, e não “melhores”.

Somos cobrados pelo que fazemos, ou não fazemos, pelo dinheiro que ganhamos, ou que poderíamos ganhar.

Seguimos pensando no amanhã, e o que é pior: com o peso do ontem.

Mas e o Agora?

Somos capazes nesse exato momento, de nomear o que sentimos?

De parar por cinco minutos e nos conectarmos com nós mesmos?

Nos consultórios e serviços de Psicologia nos deparamos, quase que diariamente, com pessoas que levam a vida no automático.

Indivíduos carregados de culpa, repletos de ansiedade e medo, que sentem-se culpados inclusive por estar ali cuidando de sua saúde mental.

“Não tenho tempo!” Uma das frases mais repetidas durante o dia.

Qual o momento certo para expressar os sentimentos?

Dar amor e se permitir receber também.

Um olhar para o lado, enxergar além da aparência física.

Um banho demorado, uma palavra amiga, escutar a música que nos coloca em uma frequência positiva, almoçar com os filhos, abraçar com o corpo inteiro.

Temos urgência em tantas coisas, mas dificilmente em viver.

Vamos sobrevivendo.

Esses acontecimentos que nos colocam em reflexão servem para nos lembrar o quanto somos frágeis, miúdos.

Demonstram o quanto priorizamos aquilo que nos afasta de nós mesmos e de quem amamos.

Principalmente, nos mostram que o dia mais importante de nossas vidas continua sendo o HOJE!

Que nas próximas vinte e quatro horas exista vida, exista amor.

Que o tempo não escorra de nossas mãos, que ele nos permita fazer mais o que gostamos e menos o que nos fere.

Que as palavras ditas sejam de estímulo, e não de cobrança. Que a escuta seja acolhedora e os corações, abertos.

Antes que seja tarde demais.

“A VIDA NECESSITA DE PAUSAS”! (Drummond)


JOELMA NUNES DELLA JUSTINA
Psicóloga CRP 15/2523
Doutoranda em Psicologia Social

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