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Missão impossível

Não foi com a pirotecnia de outras vezes, mas outra vez foi uma operação ruidosa, para retirar de circulação dezenas de envolvidos em falcatruas com o dinheiro público.
Talvez a grande, a imensa diferença, tenha sido a exposta participação do Ministério Público Federal, cujos membros chegaram à imprensa antes do que os agentes e delegados da Polícia Federal.
Em pronunciamento antes da entrevista coletiva, o procurador da República em Alagoas, Rodrigo Tenório, foi taxativo ao afirmar que a Polícia Federal apenas cumpre as determinações do Ministério Público, a quem compete determinar as prisões preventivas, temporárias e os mandados de busca e apreensão.
Ao mesmo tempo, alegando não ser legal a exposição dos detidos, negou-se a revelar nomes. Foi mais além, dizendo que este também teria que ser o comportamento da Polícia Federal.
É perfeitamente compreensível a posição do Procurador, até mesmo em afirmar que qualquer servidor público que permitir vazamento de nomes poderá sofrer punições.
Mas, convenhamos. Uma operação que envolve 200 policiais federais dificilmente não deixará rastros. E, onde quer que haja uma prisão, pessoas presenciarão os fatos, conhecerão os envolvidos e transmitirão o ocorrido.
Os próprios advogados, ao chegarem à Superintendência da Polícia Federal, mencionarão os nomes dos clientes para quem trabalham, ajudando a desvendar o caso.
Assim, já se sabe que o grupo tem secretário municipal, presidente de câmara de vereadores, dono de construtora, etc.
Ou seja, não há como manter sigilo e evitar a exposição de quem está sendo preso. Assim, melhor seria tratar as coisas com toda a clareza. E, se mais à frente, qualquer acusado puder provar sua inocência, é muito justo que cobre indenização por ter tido sua prisão decretada. E também é muito justo que o Estado pague.

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