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Bispo Filho

Bispo Filho é Administrador de Empresas e Estudante de Jornalismo.

Todas as postagens são de inteira responsabilidade do blogueiro.

A nossa barbárie de cada dia:Três da mesma família são baleados, Jovem morre, mãe e irmã ficam feridas.

PM registrou novo caso de crime contra a vida que deixou uma pessoa morta e duas feridas. As vítimas são integrantes da mesma família. A mãe e um casal de filhos estavam em localidade conhecida como Escadinha, na Rua dos Cajueiros, no bairro do Vergel do Lago aqui em Maceió quando foram surpreendidos pelos disparos. Jonathan dos Santos Lins, de 19 anos, foi baleado nove vezes. Seis dos disparos foram deflagrados contra a cabeça do jovem, que também foi atingido na barriga e na nádega. A mãe de Jonathan, Maria Josélia dos Santos Lins, de 43 anos, foi atingida com um tiro na coxa e Vanessa dos Santos Lins, de 23 anos, irmã de Jonathan, foi atingida com um tiro no pé. Ambas foram levadas para o Hospital Geral do Estado, onde receberam atendimento médico. Jonathan morreu no local do crime, antes de receber atendimento médico.

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Decifrar o ser humano será eternamente uma tarefa impossível.

As clássicas perguntas que circundam a nossa existência, tipo “O que somos? De onde viemos? Para onde vamos?”, ainda reinam e acredito que permanecerão sem respostas por muito tempo, se que é um dia conseguiremos encontrar alguma. Inúmeras teorias, desde Aristóteles, defendem que o ser humano quando educado se torna o melhor dos animais, mas quando acontece o contrário, faltando-lhe a educação ele se torna o pior deles.

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A educação não é e nunca foi uma prioridade das políticas públicas no Brasil. A tratamos como algo constitucionalmente obrigatório, pois é lei, mas não damos a ela o seu devido valor, que é tornar o ser humano um ser consciente, um ser melhor, preparado para viver em sociedade. Na prática, a grande maioria dos brasileiros convive com uma péssima educação, que exclui, que não educa, que não ensina. Um ingrediente a mais para a barbárie.

Como não favorece à educação, no sentido pleno da expressão, pois cabe a ele esta prerrogativa enquanto ser organizador da nação, o Estado tenta se tornar presente pela sombra da repressão.

Bastou sua presença repressiva não se fazer presente e o caos se instalou.

Pois não é possível acreditar na justificativa do caos pela ausência da polícia.

A nossa realidade mostra o nosso lado mais sombrio, mais triste.

Revela que somos mal-educados, que agimos como o pior dos animais; revela que o Estado é um órgão inoperante em seu verdadeiro papel; revela que o Estado prefere continuar enganando a população, dizendo que vai criar um plano de segurança pública; revela que o Estado prefere criar cadeias, presídios, manter uma sociedade baseada no crime, do que transformá-la em uma sociedade de pessoas decentes, do bem, educadas; revela um Estado covarde com a sua própria corporação policial presente em cada unidade da Federação, pois elas são os braços do Estado e ao mesmo tempo são servidas como “boi de piranha” nesta bagunça chamada Constituição Federal nos seus mais diversos códigos.

E a população?

Pelo que se percebe, prefere continuar sendo e pensando como a coitadinha, como diria o cantor Zé Geraldo, “vendo tudo isto acontecendo e eu aqui na praça dando milho aos pombos”.

E ao mesmo tempo incapaz de refletir sobre si mesma, pois o que é oferecida a ela, pelo Estado, na verdade tira da população a sua maior qualidade, que é a capacidade de pensar.

E não pensando, a barbárie será sempre a nossa maior companheira ou a única saída.

Pelo visto, entre a civilidade e a barbárie, nossa escolha, enquanto sociedade, ainda está sendo pela barbárie.

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