NPOR 1976. A amizade é um poderoso extensor de vidas.

A gente se alonga, se adequa, acha calendário e se aperta, sempre há um jeito possível para ser amigo.

E amizade não tem a ver com tempo, nem com quanto tempo faz que a gente não se vê, porque eu sei, pode ser raro que isso aconteça no meio dessa correria que as vidas de todo mundo anda se tornando.

Amizade é sobre o quanto faz bem quando a gente consegue não só estar perto, mas entender-se e conectar-se, se dispor a ser tudo aquilo que prometeu um dia.

A gente não se fala mais tanto quanto antes, nós temos novos amigos agora, mas nada impede que sejamos para sempre.

A amizade é um amor muito fortalecido e sincero, que se mantém com um cuidado, mesmo que irregular — basta que não tenhamos deixado de cultivar essa verdade dentro de nós.

Que ainda haja espaço para plantar e colher imensos e intensos futuros, mesmo que não sejamos mais adolescentes em formação.

Nós sempre dissemos que nunca estaríamos completos sem estarmos juntos.

É isso que a gente sempre diz.

A gente ainda se reconhece — e é isso que importa no reencontrar: que a gente ainda consiga encontrar algum elemento de conforto em pessoas que tanta amizade irradia.

Saudade é algo que não controlamos.

Às vezes, nem ao menos sabemos explicá-la direito.

Mas, na minha opinião, saudade é a confirmação de que algo que vivenciamos valeu a pena.

Integrar o NPOR 1976 no 59º BIMTz do Exército Brasileiro valeu muito a pena.

Foi muito mais que uma experiência, foi uma escola de vida, da qual – hoje – trago comigo os melhores ensinamentos.