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Luis Vilar

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O deputado estadual Hildo Fidélis, o Castelo (PTB), caminha no canto oposto ao das grandes raposas políticas de Alagoas, como ele mesmo afirma. Independente de sua pouca experiência no parlamento alagoano, Castelo se transformou em um deputado estadual inusitado por suas últimas ações na Assembléia Legislativa do Estado de Alagoas.

Castelo obteve cerca de 400 votos nas eleições passadas. Muito pouco se comparado aos 40 mil dos mais votados. “Nenhum deles foi comprado”, coloca Castelo, expondo que possui legitimidade para estar no parlamento. O deputado estadual continua trabalhando na banca de revista, de sua propriedade, localizada na Avenida Amélia Rosa, em Jatiúca.

Aposentado, Castelo diz que não depende da política para sobreviver. “Estou usando o parlamento para fortalecer entidades populares das quais faço parte e aprendendo a lutar contra o que anda errado”, diz o parlamentar, que é ligado a movimentos católicos, ao grupo de Alcoólicos Anônimos e ao Comitê 9840, que combate corrupção eleitoral. O jeito de Castelo no parlamento já chamou até a atenção do superintendente José Pinto de Luna, que brincou com o deputado durante uma solenidade:”No dia que você aparecer de Pajeiro, será investigado”.

Por que a referência a Pajeiro? O próprio Castelo confirma que há dias em que vai ao parlamento de ônibus. Foi desta forma, por exemplo, que ele voltou para a casa após participar de uma reunião no Palácio República dos Palmares. Em novembro, o deputado estadual devolveu ainda R$ 27 mil de verba de gabinete. “Não vejo nada demais nisto. No mês em que tiver que utilizar a verba inteira, ela será utilizada, mas com critérios. No mês passado houve sobras e eu devolvi”.

A participação de Castelo ainda é um pouco tímida no parlamento alagoano, o que ele admite ser ainda fruto de um aprendizado. O deputado estadual também não está ligado a correntes ideológicas, nem fisiológicas. Evita os rótulos de oposição ou situação, mas se diz pronto para votar de acordo com “sua própria consciência”. Queira ou não, os suplentes destoam dentro do parlamento alagoano. Cada um com suas particularidades, dentro de um espaço que sempre foi dominado por raposas políticas.

Agora há novos nomes na Assembléia Legislativa que – por motivos que o futuro dirão – tentam aprender os meandros para permanecer no parlamento alagoano.

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