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Bispo Filho

Bispo Filho é Administrador de Empresas e Estudante de Jornalismo.

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Peregrinos na Fé

Pensando em nosso Nordeste Brasileiro, com sua variedade de pessoas e costumes, vislumbramos uma riqueza imensa de vida, de fé e de sonhos.

Nossa vida é de peregrinos, algo enraizado em nossa existência. Nenhum ser humano é capaz de se estabelecer numa quietude sem fim. Ele é como a fonte que não para de jorrar a água, mesmo sem saber onde ela vai parar ou a quem vai servir.

Somos um povo de caminheiros.

Já no Antigo Testamento, Abraão foi convidado por Deus a deixar sua terra e ir para a terra que ele havia lhe prometido (Gênesis,12). Moisés, por sua vez, teve de deixar seu lugar privilegiado e partir para o Egito e se fazer irmão do povo oprimido. No Novo Testamento, o maior grau dessa peregrinação inerente no ser humano é a vinda de Jesus, o Filho de Deus, que veio estabelecer sua tenda, sua morada no meio de nós. Ele nasceu em Nazaré e Maria sua Mãe, se fez a serva do Senhor.

Fé e esperança são valores essenciais para os cristãos peregrinos e conduzem a uma vida paradoxal. Em Cristo, somos chamados a viver como responsáveis cidadãos da terra, mas orientados pela cidadania dos céus. Sem apego às coisas deste mundo, mas nos alegrando com a criação de Deus. Não mais dominados pela carne, pelo mundo e pelo diabo, mas ainda em luta contra todos eles. Proclamando o evangelho que nos dá salvação, mas não nos tira do mundo ou do caos. Convidando as nações a crerem em Deus, mesmo sabendo que, em muitos casos, seremos perseguidos pela nossa fé. Inconformados com a injustiça na terra, sabendo que a plena justiça vem de Deus. A fé dos peregrinos bíblicos produz resultados na terra e, assim, eles fizeram ruir as muralhas de Jericó, subjugaram reinos, obtiveram promessas e fecharam bocas de leões.

Pela fé o impossível pode acontecer, se o Senhor assim desejar.

Há, porém, o outro lado da vivência da fé, pois Hebreus afirma que os que creram foram torturados, passaram pela prova de açoites, foram apedrejados, provados, serrados pelo meio, mortos ao fio da espada e andaram sem rumo. Trata-se de uma fé impregnada de esperança, que não apenas deságua em livramentos e feitos no presente, mas também prepara o cristão para enfrentar o vale do sofrimento sem deixar de crer – a casa do Pai o aguarda.

Fé é um filete de luz, que ilumina nosso caminho para o céu; basta apenas um filete e já é o bastante para caminharmos. A fé depende da graça, é o princípio da nossa união com Deus. É o primeiro passo em direção à felicidade divina. É necessário um arremesso sobre as forças da natureza, o qual depende da intervenção divina para ser realizado.

Sem Deus não somos nada!

Nós vivemos da fé e para tudo aquilo que o Senhor nos chamou para realizarmos; não galgamos riquezas e poder, mas estamos para servir.

Com fé não há perguntas, não precisamos questionar, mas sem ela não temos respostas.

Disse-lhe Tomé: Senhor, nós não sabemos para onde vais; e como podemos saber o caminho?

Disse-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim”.(Jo 14:1-6)

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