Rodrigo Cunha declara apoio a JHC e menospreza tucanos

O senador Rodrigo Cunha, enfim, admitiu que o seu candidato a prefeito de Maceió em 2020 é o deputado JHC, do PSB. Mas ele combinou isso com a executiva do partido o qual preside em Alagoas, o PSDB? fará essa escolha de forma arbitrária dentro do partido que tem, como nomes para essa disputa, a deputado federal Tereza Nelma e os vereadores Kelmann Vieira e Eduardo Canuto, hoje respondendo pelo Gabinete Civil da prefeitura de Maceió?

A justificativa de Cunha de que o partido tem que ter um nome competitivo não procede, até porque, dos quatro nomes citados, JHC é o único que já disputou a prefeitura de Maceió e foi derrotado no primeiro turno, em 2016. Kelmann, Tereza e Eduardo ainda não concorreram a esse cargo, mas são vitoriosos nas campanhas à Câmara de Vereadores. Ou seja, o eleitorado de Maceió conhece e confia nos três tucanos.

Cunha errou ao declarar sua pretensão por JHC sem conversar com o seu partido, sem abrir o debate a outros parceiros do PSDB, como o PP, por exemplo, que tem o nome do deputado Davi Davino para essa disputa, ou o PDT, com Ronaldo Lessa. Cunha errou ao defender, já, a candidatura de um adversário histórico da gestão de Rui Palmeira, ex-presidente estadual e hoje vice-presidente do PSDB de Alagoas. Errou, ainda, a nenosprezar a densidade eleitoral de seus correligionários.

E quando fala em competitividade, o senador se esquece que ele próprio, no início de 2018, não a tinha. Mesmo assim, a executiva do PSDB avalizou o seu nome, lhe deu total apoio, inclousive aceitando como primeira suplente dele na chapa, a ex-prefeita de Ibateguara e mãe de JHC, Eudócia Caldas. De modo que, pergunta-se: o apoio de Rodrigo a JHC é parte do acordo da aliança entre ele e João Caldas, pai do deputado, na eleição passada? Se for, é uma pena, porque mostra que Rodrigo não aprendeu a fazer política como ele defende em suas mídias sociais.