Trapalhada com ex-coronel expõe o Governo

O erro da Secretaria da Paz em divulgar que o ex-coronel Cavalcante seria condecorado Agente Formador da Paz, causou um mal-estar na sociedade e até mesmo uma reação do governador Teotônio Vilela, que disse ´´ou ser brincadeira de mau gosto ou um grande mal entendido´´.
Todos queremos acreditar que foi um mal entendido, porque condecorar o ex-coronel Cavalcante com um título de Agente Formador da Paz, é desconhecer o que ele praticou e aprontou nos últimos vinte anos no estado de Alagoas. Participante de diversos crimes no estado, Cavalcante chegou a ser o terror e o todo-poderoso em Alagoas.
Esta trapalhada deixou o governo numa situação delicada e a Secretaria da Paz foi forçada a jogar a culpa na assessoria de imprensa como um ´´grande mal entendido´´.
Este é o tipo de engano, se é que houve que nunca deveria ter existido e deixou o governo, que já anda até o pescoço com problemas de segurança pública, exposto ao ridículo.
A situação foi tão constrangedora que o governador Teotônio Vilela ficou indignado. A responsabilidade cabe exclusivamente a quem dirige a Secretaria da Paz, porque, a olhos vistos, a assessoria de imprensa recebe e transmite as informações de cunho oficial de superiores. No caso, do próprio secretário ou do superintendente que passou as informações.
Ainda bem que a repercussão do fato foi automaticamente controlada pela ação rápida do governo, que quase não acreditava no que estava vendo. Como diz o velho ditado, antes tarde do que nunca. Pior seria se o coronel Cavalcante fosse agraciado com esta comenda de Agente Formador da Paz e depois o governo tivesse o desprazer de lhe tirar esta honraria.
A notícia seria trágica se não fosse cômica.