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Pop Boy

Marcos Filipe é jornalista formado pela Universidade Federal de Alagoas e viciado em tudo o que envolve Mídias Sociais, Cinema, Televisão, Música, Literatura e Eventos. Um Geek de carteirinha, ligado em desenho animado e games. Desde 2010 escreve sobre esses assuntos se alimentando todos os dias da mais pura Cultura Pop.

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“Um limite entre nós” mostra as feridas do racismo dentro de casa

Fences-Poster-1O tablado do teatro se transporta para a tela do cinema. É assim que começo a falar de “Um limite entre nós” de Denzel Whashigton e que deu a Viola Davis o Oscar de melhor atriz coadjuvante este ano. O longa, adaptado da “Fences” (1983), de August Wilson, mostra como o racismo é capaz de ferir profundamente o alicerce de uma família.

O filme que estreia hoje narra a vida de Troy, um jogador de beisebol aposentado, que sonhava em se tornar uma grande estrela do esporte durante sua infância, agora trabalha como coletor de lixo para sobreviver. Ele navega pelas complicadas águas de seu relacionamento com a esposa, o filho e os amigos.

Denzel manteve as características da peça, que ele próprio protagonizou em 2010, incluindo os diálogos, deixando-nos presos a mais de duas na frente da tela. O elenco também é o mesmo, e por isso, notamos que os atores estão familiarizados aos longos diálogos de cada cena, tudo de forma natural.

Para quem gosta de um belo drama, onde a vida do protagonista gira em torno de diferentes personagens, terá um prato cheio. Rose é a esposa dedicada, aquela que ameniza seus próprios sofrimentos para manter sua família em pé, sem dúvida Viola mereceu o Oscar que ganhou pela delicada força de sua personagem.

Ainda temos Gabe, irmão que lutou na segunda Guerra Mundial e sofreu com uma explosão na cabeça e vive com problemas mentais. Troy consegue compra uma casa, devido ao dinheiro que recebeu de indenização do irmão, e ao mesmo tempo sofre por vê-lo vagar nas ruas imaginando ser amigo de São Pedro e cuidados das portas do paraíso.

Outra relação delicada é com seu filho Cory. O jovem negro quer entrar na liga de beisebol, e tem chances. Mas o racismo que o pai sofreu faz com que o rapaz tenha uma vida diferente. Nesse momento o filme ganha uma forte identificação de como o preconceito se torna uma semente dentro do coração daqueles que foram vítimas dele.

“Um limite entre nós” retrata as múltiplas relações que acontecem entre as paredes de uma casa.

https://www.youtube.com/watch?v=-O9sS6mxXe4

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