Crônica

Enigmas do vôo macabro da GOL

Os controladores de vôo que estavam de serviço no dia 29 de setembro, na Torre de Brasília, não foram depor no inquérito que apura a causa do acidente

Aos nossos mestres

As mãos que plantam em terra boa ou árida, que sabem regar a planta e a fazem crescer e florescer dando frutos, são as do semeador que semeia no espírito as sementes do saber nas cabeças frescas das crianças e dos jovens. Esta missão é um pouco a parábola do mestre dos mestres que com tão belas palavras assim inicia: “Um dia certo semeador saiu a semear”.

Parece cocaína

Nos domingos em Brasília, depois da caminhada cedinho pelo Parque da Cidade, o ponto de encontro para esquentar a manhã era o Bar Marambaia,

Os olhos de Malu

Ninguém pode imaginar a dor que passa os pais de Malu neste momento. O amor filial vem de dentro da alma e quando este sentimento é usurpado por atos de violência causa uma desarmonia total no ser humano. É como um punhal que transpassa o peito e que só a força da solidariedade é capaz de sustentar a pessoa em pé nessas horas.

Dialética sururu

Se pudéssemos unir todas as idéias com suas fontes de sabedoria, e espremê-las tirando de cada movimento do pensamento humano aquela centelha de luz; e assim organizar uma engrenagem de idéias perfeitas e quase imutáveis no tempo.

Domingo é dia de futebol

Manhã de sol discreto, temperatura amena, ventinho leve soprando na camisa do atleta que com o pé em cima da bola espera o apito do primeiro toque. São momentos de ansiedade de um começo de partida em que a energia do espectador se irradia pro gramado; e no campo cria-se um clima gostoso de expectativa do desenrolar da partida.

A carta

Um assíduo ouvinte de nossas crônicas pelo rádio mudou-se de Maceió para Piranhas no alto sertão, e de lá com especial atenção nos mandou esta missiva:

A batalha dos camelôs

Caminhando, caminhando, sacola nas costas, caixotes lotados de bugigangas, meio sem rumo, meio incerto, na aventura de se estabelecer em alguma esquina ou calçadão da cidade. Seguindo rumo à sobrevivência, sem lenço, sem documento registrado, sem ficha, sem autorização nenhuma, até por que não tem o que ser autorizado.

O canto da fogo-pagô

A fome abatia cada vez mais as esperanças e expectativas de Serapião e sua família. No sentido literal da palavra, era a necessidade primária de um ser humano que agora como uma praga assolava aquele lar cristão.

Reminiscências do ano novo

Último dia do ano: no ar um clima próprio toma conta do coração da população. É uma mistura de confraternização e esperança em dias melhores no novo tempo. Alguns esperam livrar-se das dívidas, outros projetam comprar a casa própria, há quem espera arranjar um emprego, enfim, muitos planos enquanto o relógio marca a zero hora da virada.

Violência e Paz

A moça cochichava a dois policiais em meio ao calçadão da Joaquim Távora cheio de ambulantes e transeuntes. Murmurava a respeito de tal suspeito que da esquina lhe observava...

Morreu não, Deus levou!

Nada me condói mais do que a morte de uma criança. Ao velho morto, ao jovem morto, ao bicho morto, meus pêsames, mas nada é mais constrangedor do que a morte na infância. É o possível não realizado, a volta dos que não foram. Uma ejaculação precoce do prazer da vida.