As imagens mostram Scott saindo do carro e recuando. Em seguida, a polícia atira quatro vezes em sua direção. No vídeo, é impossível determinar se ele estava armado. Outro vídeo mostra o homem no chão, com os policiais em volta. Também foram publicadas fotos mostrando que Scott tinha uma faca, maconha, e um “holster”, objeto usado para carregar uma arma no tornozelo.
“Não há arma visível”, diz advogado
A família de Scott já havia divulgado um vídeo do incidente, filmado com um celular pela mulher de Scott, Rakeyia, mas as imagens também esclarecem se o homem atingido estava, ou não, armado. Em entrevista à CNN, o advogado da família, Justin Bamberg, disse que no vídeo policial não há uma arma visível nas mãos de Scott, e fica claro que ele recuou quando recebeu os disparos.
O caso gerou indignação e diversas manifestações em Charlotte e outras cidades, o que levou o governador a declarar estado de emergência na cidade. Sob o lema “sem justiça, não há paz”, centenas de pessoas marcharam na sexta-feira à noite, sob forte esquema de segurança, para exigir a divulgação dos vídeos.
Candidatos cancelam visita
Em Charlotte, as autoridades decretaram um toque de recolher que vai de meia-noite até 6h da manhã. O incidente também teve reflexos na campanha eleitoral americana. A prefeita Jennifer Roberts pediu à candidata democrata na corrida pela Casa Branca, Hillary Clinton, e a seu oponente republicano, Donald Trump, que adiassem suas visitas.
O motivo é a impossibilidade de garantir a segurança dos candidatos.”Depois de discutir profundamente com líderes da comunidade, decidimos adiar a viagem de domingo para não afetar os recursos da cidade”, informou sua equipe de campanha da candidata democrata. “Ela planejará a visita para o outro domingo, se as circunstâncias assim permitirem”, acrescentou.