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Com tapas na mesa e berros, Baptista rebate polêmicas de Juca Kfouri

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Logo após a vitória do Palmeiras contra o Peñarol-URU, nesta quarta-feira (26), o técnico Eduardo Baptista resolveu fazer um longo e exaltado desabafo na entrevista coletiva. Gritando e batendo na mesa, ele criticou o jornalista Juca Kfouri por causa de uma notícia divulgada antes da partida e disse que se sentiu ofendido.

Em seu blog, Juca Kfouri escreveu que Eduardo Baptista só escalou Róger Guedes contra a Ponte Preta porque o diretor de futebol do Palmeiras, Alexandre Mattos, interviu. Afirmou inclusive que Mattos só escolheu Baptista para ser técnico do Palmeiras porque ele é “maleável” nessas questões.

Eduardo Baptista ficou revoltado com isso e explicou por que escolheu Róger Guedes, em vez de Willian, no jogo contra a Ponte Preta: “colocaram algumas coisas que vão além do campo, além da parte tática. Eu escutei de uma pessoa importante, que já admiro e sou fá há muito tempo. Falar que Róger Guedes jogou contra Ponte porque o Alexandre Mattos escalou e que eu era um treinador maleável. Sou um cara muito sério e exijo respeito. Essa pessoas não falam da fonte. Eu sou responsável, vou falar minha fonte. O Willian não jogou porque ele só foi treinar quatro horas antes do jogo contra a Ponte. Ele ficou uma semana sem treinar. Por isso eu optei pelo Róger Guedes”.

Depois de esclarecer isso, Baptista disparou contra Kfouri e os jornalistas em geral: “cobraram muito dos treinadores depois de 2014. Eu estou vendo um monte de gente boa surgindo, companheiros da sala de aula da CBF, que estão se aprimorando e estudando. Os treinadores estão estudando, então as pessoas que colocam isso tem que ter responsabilidade. E se tem a fonte, fala a fonte”.

Eduardo lembrou inclusive de seu pai, o experiente técnico Nelsinho Baptista, para afirmar que é serio e por isso se sentiu ofendido: “vocês estão falando com um homem que vocês conhecem a família. Meu pai é sério e eu sou sério. Respeito cada um de vocês aqui, que estão lá no dia a dia e tento passar o máximo de informação. Mas falar mentira e falar que sou maleável? Aí você ofendeu o homem. Você não foi leal”, afirmou, antes de citar até as eleições norte-americanas no desabafo: “fala quem é a fonte. Ganharam uma eleição nos Estados Unidos com mentiras. E isso é culpa da imprensa. Quando você der uma notícia, fala a fonte. Fala da onde veio.

O técnico também aproveitou para negar os rumores de que existe um racha no elenco do Verdão: “chega de mimimi. Não tem briga nenhuma. O time inteiro aqui, se a gente não se junta, comiam de pau. Discussão tem em qualquer lugar. É uma palhaçada e uma falta de respeito. Hoje o futebol está parecendo revista de fofoca. Só fala de qual treinador vai cair primeiro. Isso cansa. O futebol está acima e procuro estar acima. Eu sou homem pra c… e, quando você escuta isso, ainda mais de pessoa que sou fã e respeito, isso machuca pra caramba”.

Juca Kfouri entrou no ar na ESPN para se defender. Ele manteve a informação publicada, esclareceu que todo jornalista tem o direito de manter suas fontes em sigilo e disse que faltou coerência no desabafo de Eduardo Baptista.

“É um desabafo de quem tava com 500 kg sobre as costas e precisando vencer o Peñarol. Ele faz uma baita confusão. A começar pela coerência. Ele exige que um jornalista entregue suas fontes. Talvez sem saber que até na Constituição Brasileira o jornalista tem o direito de manter suas fontes sigilosas. É a matéria prima do nosso trabalho ter fontes e manter sigilosas quando elas pedem. Ele não cita o nome do jornalista. Ele podia ter dito: ‘estou me referindo ao jornalista Juca Kfouri’. Ele não diz, ele diz que respeita, admira, que é fã. Mas não entrega o nome do jornalista. Ele preserva a fonte. Eu entendo o desabafo, isso faz parte. A informação eu mantenho. Ele faz uma confusão. Em nenhum momento a nota se trata do Willian ser reserva ou titular. Ele teve uma discussão com o Róger Guedes porque disse ao Róger Guedes que ele seria titular contra o Peñarol. E na “Hora H’ Róger Guedes não estava como titular e foi cobrá-lo. O Róger Guedes por isso foi tirado do banco, nem estava na concentração. É isso que está na nota. O desabafo dele ele tem todo direito de desabafar”, afirmou Kfouri.