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Animal raro estudado pela Ufal aparece em praia dos Estados Unidos

Twitter/@preetalina

Preeti Desai usou as redes sociais para tentar identificar esse animal, que encontrou numa praia em

A carcaça de um animal sem olhos e com dentes da espécie Aplatophis chauliodus, que é estudado por pesquisadores da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), foi encontrado em uma praia do Texas, nos Estados Unidos, após a passagem do furacão Harvey, no final de agosto.

O animal, encontrado por Preeti  Desai, que trabalha em uma sociedade de conservação de pássaros, divulgou as fotos por meio da rede social Twitter. A fotográfa postou a imagem com a seguinte legenda: “Ok, que diabos é isso?”.

O pedido dela foi encaminhado ao biólogo e especialista em enguias Kenneth Tighe, que acredita que se trate de uma enguia do tipo Aplatophis chauliodus, da família Ophichthidae, pertencente à ordem dos anguilliformes – das enguias e moreias.

O especialista, contudo, não foi categórico. Levantou a possibilidade de o animal ser um representante de outras duas espécies de enguia que também são comuns na costa do Texas e têm dentes grandes parecidos com presas.

Os Aplatophis chauliodus, que já foram vistos na costa do Nordeste brasileiro é assunto de um estudo da Universidade Federal de Alagoas. Geralmente eles vivem na costa Atlântica do sul da América do Norte, Caribe e norte da América do Sul, a uma profundidade de 30 a 90 metros. Eles passam a maior parte do tempo escondidas em buracos no fundo do mar.

O furacão Harvey, que provocou fortes ventanias e enchentes no Texas, pode explicar por que o animal apareceu na praia no Golfo do México.

Desai diz ter encontrado a carcaça enquanto averiguava os danos provocados pelo Harvey na praia. Ela cuida do setor de mídias sociais na Audubon Society, organização americana voltada para a conservação de pássaros. “Foi completamente inesperado, não é algo que você normalmente encontra na praia”, disse ela à BBC.

Ela conta que pensou que pudesse ser alguma criatura do mar profundo. No Twitter, disse que não era assustadora, nem colossal. “Não era um monstro”.

“Minha primeira reação foi curiosidade, queria descobrir o que era”, disse.

Desai disse que postou as imagens no Twitter porque muitos cientistas usam a rede social. Um amigo dela logo respondeu, colocando-a em contato com o biólogo.

“Eu sigo muitos especialistas e pesquisadores. Há uma comunidade enorme desse pessoal que é muito útil, especialmente quando é preciso buscar respostas sobre o mundo e identificar animais e plantas”.

Desai afirma que deixou a criatura na praia para deixar a “natureza seguir seu curso”.