Futebol

Zico explica como mata-mata pode ser formato ideal para o BR-20

Alexandre Vidal / Flamengo

Alexandre Vidal / Flamengo

Atual diretor técnico do Kashima Antlers, do Japão, Zico falou sobre a sequência da temporada do futebol brasileiro, que está suspensa por conta da pandemia do coronavírus. Para o ídolo do Flamengo, o campeonato em mata-mata seria a melhor solução para o Brasileirão 2020 diante da situação.

“Acho que o ideal, se tiver tempo, principalmente a partir de agosto, seria a fórmula de mata-mata, tanto para o acesso quanto para o rebaixamento. Tendo esse espaço de pelo menos cinco ou seis meses, dá para fazer. Se for de pontos corridos, nem pensar”, afirmou o ex-jogador em entrevista exclusiva ao FOX Sports Rádio.

Zico ainda destacou a importância de Jorge Jesus para a temporada vitoriosa do Flamengo no ano de 2019. “Acho que o comando dele encaixou em todos os momentos dos jogadores. As cobranças no Flamengo são muito grandes. O grande valor do Jorge Jesus foi fazer os jogadores entenderem o que representa jogar no Flamengo, qual a importância do clube. É só você ver o respaldo que a torcida dá: cada jogo contra times menores tem 60, 70 mil pessoas no Maracanã. E só não tem mais porque não tem espaço, se não teria”.

O ídolo ainda falou sobre as comparações entre o Flamengo de sua época (1981) e o da atualidade. “Aquele Flamengo nosso era uma seleção brasileira, então acho que chega a ser injusto fazer esse tipo de comparação. Esse é muito bom, pode inclusive ganhar muito mais do que nós ganhamos, porque eram períodos diferentes. Então eu valorizo o que vivemos no Flamengo, mas não desvalorizo esse momento excepcional de um time fabuloso, que se encaixou e esta dando alegrias para todos nós”, disse.

Zico ainda falou sobre Seleção Brasileira. Para ele, a equipe está “sem ânimo” e “apática” e o treinador Tite precisa mudar suas ideias de jogo para que o futebol praticado não caia na mesmice. Além disso, o ex-atleta ressaltou que, caso o técnico da Seleção seja trocado, o nome mais adequado seria o de Renato Gaúcho.

“No caso de uma saída do Tite, o Renato é o cara mais indicado, e é uma valorização de um cara que fez por onde, ralou e conquistou, e está aí mantendo uma equipe com padrão, qualidade, um futebol bonito de se ver, que se encaixa bem na forma do Brasil jogar. Se não tivesse ninguém (técnico brasileiro), lógico que o Jorge Jesus era um nome. Jamais fui contra um estrangeiro na seleção, mas, tendo um brasileiro, a preferência é por um treinador brasileiro”.