O órgão havia determinado, em agosto, a suspensão das correções de valores pagos pelos beneficiários por 120 dias, em virtude da pandemia do novo coronavírus.
Segundo a Diretoria Colegiada da ANS, operadoras devem discriminar a cobrança de forma detalhadas nos boletos. Deve constar o valor da mensalidade, mais o valor da recomposição e quantas parcelas ainda serão cobradas com esse adicional.
Segundo a ANS, a suspensão das correções favoreceu mais de 20 milhões de beneficiários, sendo 51% do total de beneficiários que estavam sujeitos ao reajuste anual, e 100% dos que estavam sujeitos ao reajuste por mudança de faixa etária.
Conta de luz
Em novembro, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) decidiu pela cobrança extra na conta de luz dos consumidores a partir de dezembro.
Em reunião extraordinária, a Aneel decidiu que pela cobrança da bandeira vermelha patamar 2, cujo valor é o maior no sistema de bandeiras da agência.
Uma das justificativas para a cobrança extra se dá porque a oferta de energia está comprometida em razão dos baixos níveis dos reservatórios.
Se essa situação permanecer ao longo dos próximos meses, a cobrança extra pode prosseguir.
Tarifas de transportes públicos
As tarifas de transporte público também devem subir em 2021. Em 2020, por conta da pandemia, os valores de passagem de ônibus, metrô e trem permaneceram estáveis em boa parte do país.
Para 2021, a queda no valor do combustível, que ajudou na manutenção do valor das tarifas em 2020, não deve contribuir na mesma magnitude. Com a crise provocada pela pandemia, o preço do petróleo recuou para patamares mínimos históricos.
A alta do preço de petróleo impacta diretamente no custo do diesel, por exemplo. O país ainda lida com o encarecimento da matéria-prima, o que pode encarecer a manutenção da frota.
Alimentos com alta mais modesta
Responsável por pressionar os índices de inflação em 2020, os alimentos devem ter uma alta mais modesta em 2021.
A expectativa é que um câmbio mais comportado possa limitar o preços de vários produtos agrícolas e de várias commodities, o que pode impactar toda a cadeia de alimentos.
Na prática, o preço dos alimentos não vai voltar ao patamar de antes da pandemia do coronavírus, mas deve subir menos. Tudo vai depender do preço das commodities no mercado internacional, do comportamento do real em relação ao dólar a das condições da safra.
Volta do IOF
Em janeiro, será retomada a cobrança do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) sobre operações de crédito.
O IOF foi zerado em abril como uma das medidas do governo para ajudar pessoas físicas e jurídicas a enfrentar a crise econômica da pandemia de Covid-19.
Em outubro, o presidente Jair Bolsonaro editou um decreto prorrogando o IOF zero até 31 de dezembro. Mas no mês seguinte, ao anunciar a isenção das contas de luz dos moradores do Amapá afetados por três semanas de apagão elétrico, o governo voltou a cobrar a tarifa sobre o crédito.
Em dezembro, uma nova mudança: um decreto de Bolsonaro voltou a isentar novamente as operações de IOF até 31 de dezembro.