Por outro ângulo do vídeo é possível ver um dos militares segurando Ederson pelo pescoço e, mesmo imobilizado, o outro policial dá vários socos no rosto dele. Uma mulher tentou proteger o jovem, mas foi empurrada pelo PM.
A polícia disse que Ederson já tem uma passagem por desacato, mas ele alega que não chegou a ser detido, nem pagou fiança. Dessa vez, a família teve que pagar R$ 1,1 mil para ele ser liberado. Para a irmã, houve abuso dos policiais.
“Pra que pegar meu irmão e apertar o pescoço dele daquele jeito? Eu acho que nem com um cachorro você faz aquilo, quanto mais com um ser humano deitado, algemado. Se você for olhar a filmagem, o menino não tava tendo nem como respirar. Teve racismo totalmente, principalmente pra pegar ele. Se fosse um branco eles não iam fazer daquele jeito não”, desabafa Tatiana Silva.
PM investiga a abordagem de militares a homem negro no interior de MG
A PM afirma que as imagens estão sendo analisadas pelo comando da unidade de João Monlevade.
“O que fica claro nas imagens é que só há o uso da força pelo policial militar após a reação, a ação inicial desse autor. A abordagem é uma questão técnica e ela acontece independentemente de qualquer questão de cor, de raça, de religião, de credo, de questão filosófica. O que passou ali, o que gerou essa abordagem policial foi o comportamento desse cidadão, que ofende os militares que estavam passando, patrulhando aquela região”, rebate a porta-voz da PM, capitão Layla Brunnela.
A ação policial deixou o dono da distribuidora indignado. Silvério de Oliveira acredita que houve racismo porque tinha uma outra pessoa branca no local e nada foi feito com ela.