Assim, a partir do próximo ano, a imunização contra a doença será incluída no Calendário Nacional de Vacinação e priorizará crianças de 6 meses a menores de 5 anos e os grupos com maior risco de desenvolver as formas graves da Covid. Entre eles:
Segundo a pasta, a inclusão já passou por avaliação da Câmara Técnica de Assessoramento em Imunização da Covid-19 (CTAI).
“O que nós fizemos esse ano é trazer a vacina pra dentro do PNI (Programa Nacional de Imunização)”, afirmou Ethel Maciel, secretária de Vigilância e Saúde do Ministério da Saúde durante uma coletiva em Brasília na manhã desta terça.
“Assim, as vacinas contra a Covid serão obrigatórias no calendário das crianças, entre 6 meses e menores de 5 anos. E a gente passa a incorporar para grupos prioritários a vacinação anual”, acrescentou.
Para divulgar a iniciativa, a Ministério da Saúde vai lançar ainda uma nova campanha publicitária na primeira semana de novembro, que visa reiterar a importância da testagem, da vacinação e do tratamento contra a doença que, segundo Maciel, mata ainda “em torno de 42 pessoas” por dia em todo o país.
Atualmente, a vacinação contra a Covid está à disposição de toda a população, de graça, pelo Sistema Único de Saúde (SUS), para pessoas com mais de 6 meses de vida.
Segundo as orientações do Ministério, maiores de 18 anos que já tomaram ao menos duas doses da vacina, devem receber uma dose de reforço da vacina bivalente. Além disso, pessoas que ainda não completaram o ciclo vacinal ou estão com alguma dose de reforço em atraso podem atualizar a caderneta nas unidades de saúde.
Nos últimos meses, o Brasil vem acompanhando uma tendência global de variação nos casos de Covid-19. Segundo o último relatório da Fiocruz, estados como Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo apresentam aumento de casos em adultos. Já a região Sul registra um crescimento mais lento.
Minas Gerais e Mato Grosso do Sul, por outro lado, veem um leve aumento em casos de Síndrome Respiratórias Aguda (SRAG) positivos para Covid-19 em pessoas idosas, sem impacto significativo nos casos totais. O Distrito Federal, Goiás e Rio de Janeiro, que anteriormente tinham alertas de crescimento, agora mostram indícios de estabilização nas notificações. Esses dados correspondem à semana epidemiológica 42, de 15 a 21 de outubro.