No documento, o Senado pede que Zanin revogue a liminar, “já que esclarecido e atestado o cumprimento do requisito” de artigo que preconiza que “a proposição legislativa que crie ou altere despesa obrigatória ou renúncia de receita deverá ser acompanhada da estimativa do seu impacto orçamentário e financeiro”.
Segundo o Senado, “o texto constitucional não exige que sejam apontadas fontes de compensação”. “A sua finalidade é apenas a de assegurar que o Congresso Nacional tenha prévio e adequado conhecimento acerca do impacto orçamentário e financeiro de proposta que crie ou altere despesa obrigatória ou renúncia de receita. Trata-se, portanto, de requisito formal”.
No pedido ao STF, o Senado solicita a Zanin que caso ele “não reconsidere a decisão no mérito”, seja reconhecida a nulidade da decisão pela incompetência do relator para conceder medida cautelar monocrática, por violação à cláusula de Reserva de Plenário, com imediata suspensão dos efeitos cautelar deferida”.
O Senado também solicita que o recurso seja encaminhado ao plenário “para reformar a decisão monocrática” ou “para cassá-la”.
O pedido, de 14 páginas, é assinado por Hugo Souto Kalil, advogado do Senado Federal, Matheus Fernandes Vilela Lima, coordenador do Núcleo de Assessoramento e Estudos Técnicos, Fernando César Cunha, advogado-Geral Adjunto do Contencioso, e Gabrielle Tatith Pereira, advogada-geral do Senado.
Não há prazo que Zanin se manifeste a respeito do pedido do Senado.
Neste momento, o plenário do Senado, em julgamento virtual, analisa se mantém a decisão de Zanin. Já há quatro votos a favor até o momento. Ainda faltam sete votos.