Política

Com agravamento das enchentes, governo avalia gabinete permanente no RS

Diego Vara/Reuters

Diego Vara/Reuters

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) considera criar um gabinete permanente do governo federal em Porto Alegre para atuar de maneira mais célere no Rio Grande do Sul.

A ideia discutida por auxiliares do governo é de que, diante de um cenário de novas enchentes, caberia a criação de uma representação para municiar o presidente de informações e administrar as ajudas federais.

A proposta seria parecida com a casa de governo em Roraima, estruturada para prestar auxílio aos povos indígenas que sofrem de uma crise humanitária.

O presidente deve analisar a possibilidade nesta quarta-feira (15), em visita esperada ao Rio Grande do Sul.

Desde o início da tragédia ambiental, integrantes da Esplanada dos Ministérios têm se revezado em comitivas ao estado gaúcho. O petista defendeu em reunião ministerial uma presença maior da gestão federal.

No Palacio do Planalto, no entanto, é descartada a possibilidade de transferir a máquina federal, mesmo de forma provisória.

A avaliação é de que, além de a cidade não ter capacidade logística para receber a cúpula da máquina federal em meio a um cenário de crise, o gesto político poderia ser interpretado como uma exploração política da tragédia.

Até o momento, o governo federal já anunciou um montante de cerca de R$ 17 bilhões em socorro imediato e perdão da dívida. Nesta terça-feira (14), o presidente deve anunciar novas medidas.

Está em estudo um auxílio emergencial no valor de R$ 5 mil para 100 mil famílias afetadas pelas fortes chuvas.