Categorias: Saúde

Especialista alerta para diagnóstico precoce da tuberculose

Em Alagoas, no ano passado foram notificados 1.072.

Sesau

Sesau

A tuberculose é uma doença infectocontagiosa que ainda é responsável por várias mortes no mundo e que tem preocupado os gestores públicos, que viabilizam uma série de ações, com a finalidade de reduzir os casos que são notificados anualmente. No mundo foram registrados em 2011, 5,8 milhões de casos. Desse total, 73 mil, nesse mesmo ano, foram no Brasil. E, em Alagoas, no ano passado foram notificados 1.072.

Mesmo com as chances de cura e a disponibilização do medicamento pelo Ministério da Saúde, alguns pacientes ainda resistem e acabam abandonando o tratamento, que tem um período de seis meses. Todos os anos durante o Dia Mundial de Luta contra a Tuberculose, que transcorre no dia 24 de março, os estados dão o pontapé inicial de uma campanha que dura o ano todo, com a finalidade de conscientizar e mobilizar a população, juntamente com a sociedade civil para ter uma maior atenção em relação à doença.

Este ano não será diferente, para lembrar a data, a Secretaria de Estado da saúde estará realizando no dia 10 de abril, o seminário: Controle da Tuberculose versos Atenção Primária, promovido pela Coordenação do Programa Estadual de Controle da Tuberculose.

“A tuberculose é um sério problema de saúde pública, com profundas raízes sociais, estando associada às condições de vida da população, com muitos casos identificados entre a população mais pobre”, disse a gerente de Agravos de Transmissão Respiratória, Sexual, Vigilância de Óbito e Sistemas de Informação, Ednalva Araújo. Segundo a gerente, o Brasil dispõe de conhecimentos técnicos e recursos necessários, para conseguir alcançar o controle da doença. E, destaca o diagnóstico precoce como fundamental aliado ao tratamento para reduzir o número de novos casos.

Dados- Em 2012, foram registrados em Alagoas 1.072 casos novos, correspondendo a 83,4% da estimativa. Mas um problema que interfere na cura é o abandono do tratamento considerado alto. Em 2012, Alagoas registrou 8,9% no que diz respeito ao índice de abandono do tratamento, sendo que o preconizado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) é de 5%.

Em Alagoas, os municípios de maior incidência para tuberculose são: Arapiraca, Coruripe, Delmiro Gouveia, Maceió, Marechal Deodoro, Palmeira dos Índios, Penedo, Pilar, Rio Largo, Santana do Ipanema, São Miguel dos Campos, Teotônio Vilela e União dos Palmares. Eles representam 71% dos casos em Alagoas.

Tratamento – São seis meses de tratamento, que se for seguido corretamente o paciente é curado. A medicação é gratuita, fornecida pelo Ministério da Saúde, sendo disponibilizada as unidades de saúde dos municípios, por meio da Sesau. Em Maceió, os Hospitais Universitário, Hélvio Auto e PAM Salgadinho são as unidades de referência e, em Arapiraca, o Centro de Referência Integrado (CRIA).

A tuberculose era chamada antigamente de "peste cinzenta", conhecida também em português como tísica pulmonar ou "doença do peito", sendo uma das doenças infecciosas documentadas desde mais longa data e que continua a afligir a humanidade nos dias atuais. É causada pelo Mycobacterium Tuberculosis, também conhecido como bacilo-de-Koch.

Os principais sintomas são tosse com secreção, febre (mais comumente ao entardecer), suores noturnos, falta de apetite, emagrecimento, cansaço fácil e dores musculares. Dificuldade na respiração, eliminação de sangue (Hemoptise) e acúmulo de pus na pleura pulmonar (característicos em casos mais graves).