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Com a 11 de Neymar, Gabigol marca de novo e Santos bate Vitória: 2 a 0

Joia santista conta com falha do goleiro Wilson para abrir o placar na Vila. Resultado encerra série de seis jogos sem vitória do Peixe no Brasileiro.

Globo.com

Santos vence

Número 11 nas costas, comemoração de gol com estilo, torcida em êxtase na Vila Belmiro… O personagem poderia ser Neymar. Mas não é. Trata-se de Gabriel, apontado como sucessor do astro. O garoto, que completa 17 anos na próxima sexta-feira, mostrou outra vez que tem estrela e justificou o apelido “Gabigol”, abrindo caminho para o triunfo santista por 2 a 0 sobre o Vitória, pela 16ª rodada do Campeonato Brasileiro.

Na quarta, foi de Gabriel o gol que assegurou a vitória diante do Grêmio, pela Copa do Brasil. Neste sábado, o garoto estreou como titular e não decepcionou, deixando o gramado muito aplaudido no segundo tempo. Outro destaque da noite, Cícero também deixou sua marca e ajudou o Alvinegro a se livrar uma série de seis jogos sem triunfos no Brasileirão, distanciando a equipe, agora com 19 pontos, da zona de rebaixamento.
O Vitória, por sua vez, repetiu erros que têm feito o time ser pior visitante da competição: foram só quatro pontos somados em oito partidas longe do Barradão. Na Vila, o Rubro-negro baiano sofreu com a marcação no meio-campo e a falta de criatividade dos armadores Renato Cajá e Vander. O resultado impediu que a equipe se aproximasse do G-4, estacionada nos 22 pontos.

Pelo Brasileirão, as equipes voltam a campo no próximo final de semana. O Santos joga sábado, às 21h (de Brasília), contra o Fluminense, no Maracanã. Já o Vitória recebe o Criciúma no domingo, às 16h (de Brasília), no Barradão. O Peixe, no entanto, tem compromisso na quarta-feira: às 21h50m (de Brasília), visita o Grêmio, na Arena, na partida de volta das oitavas de final da Copa do Brasil.

Estrela de Claudinei… E de ‘Gabigol’

O técnico Claudinei Oliveira, do Santos, já tinha adiantado que o jovem Gabriel, herói na vitória sobre o Grêmio, pela Copa do Brasil, ganharia mais espaço na equipe. Dito e feito: o atacante de 16 anos foi a grande novidade do Santos para o jogo de sábado. Outra cara nova em relação à equipe que bateu os gaúchos foi Leandrinho, na vaga que era de Marcos Assunção.

O detalhe é que a dupla não precisou de dez minutos para justificar a opção do treinador. Aos nove, após bonito corta-luz de Cícero, foi do camisa 7 – o passe para “Gabigol”, vestindo a 11 que já foi de Neymar, bater para o gol e contar com uma falha do goleiro Wilson para ir às redes pela segunda vez como profissional. Na comemoração, ele ainda fez o gesto como se tirasse o chapéu, agradecendo ao torcedor, como o hoje craque do Barcelona já fez na própria Vila Belmiro.

E o Vitória? O time baiano, dono do pior aproveitamento como visitante dentre os times da Série A, encontrava dificuldades para sair jogando, especialmente pelo meio. Com Montillo e Thiago Ribeiro adiantando a marcação e os meias formando uma parede no centro do gramado, Renato Cajá e Vander não conseguiam fazer a redonda chegar a Maxi Biancucchi e Dinei.

A saída, então, era apostar na velocidade de Euller e de Ayrton, este último recém-contratado pelo Leão. Pela direita, o estreante dava trabalho a Eugenio Mena, obrigando Alison, volante responsável pela contenção no meio-campo, a reforçar a marcação no setor. Já à esquerda, Euller era pouco acionado e, quando tentava avançar, parava em Rafael Galhardo.

E era justamente nas costas de Euller que o Santos continuava sufocando o Vitória. Por ali, Gabriel e Leandrinho se aventuravam com alguma facilidade, travando nas insistentes tentativas de cruzamentos para a área. Aos poucos, o jogo perdeu ritmo. O que não diminuiu em nada o quebra-cabeça que Caio Júnior teria que solucionar para a etapa final.

Vitória assusta, mas Cícero decide

O Vitória retornou do intervalo diferente. O Santos também, mesmo sem alterar peças. Os baianos, acuados no primeiro tempo, começaram a se aventurar com mais intensidade no ataque. A entrada de Felipe no lugar de Renato Cajá deu velocidade à transição no meio-campo. A marcação santista já não encontrava a mesma facilidade para efetuar os desarmes, tendo de parar as jogadas com faltas, boa parte delas próximas à meta de Aranha.

O avanço do Vitória, porém, abriu espaços na defesa. E foi por meio deles que o Santos ampliou o placar, outra vez, com participação de Gabriel. O garoto recebeu cruzamento de Montillo dentro da grande área, mas foi derrubado. Pênalti? Não. Melhor para Cícero. O camisa 8 aproveitou a sobra. Peixe 2 a 0.

O gol diminuiu sensivelmente o ímpeto dos baianos, que perderam o equilíbrio dos minutos iniciais do segundo tempo e passaram a errar seguidos passes no meio-campo. O Vitória, então, decidiu investir no chuveirinho. Não bastava, no entanto, ter apenas Dinei na área. Até por isso, Caio Júnior abriu mão de Maxi Biancucchi e levou a campo outro “gigante’: Pedro Oldoni.

O Santos, no entanto, não encontrou grandes problemas para administrar o resultado. Firme na marcação, ainda que tendo algum trabalho para conter os avanços de Marquinhos (que entrou no lugar de Vander) e Ayrton, o Peixe conseguiu neutralizar a estratégia rubro-negra e encerrar a incômoda sequência de seis jogos sem vitórias pelo Brasileirão.